sexta-feira, 30 de abril de 2010

Acidente do submarino Koursk: quando a realidade ultrapassa a ficção!

No dia 12 de Agosto de 2000, o mundo assistia à dramática tentativa de salvamento da tripulação do submarino nuclear russo Koursk no mar de Barents. Este teria sofrido uma explosão acidental. Os 118 membros da tripulação viram a morrer.

E se a tese oficial de acidente fosse mentira? E se o submarino russo tivesse sido na realidade afundado pelos americanos? Improvável? Então vejam...











A tragédia do Koursk deu-se no mar de Barents, onde se realizavam manobras militares navais e aéreas. O ponto máximo destas manobras era uma demonstração do torpedo Schkval com duas toneladas e capaz de atingir os 500 km/h, enquanto só seus rivais não passavam de 70 km/h. A finalidade desta demonstração era não só de Vladimir Putine poder restaurar o prestígio militar russo, mas também tinha como objectivo a possível venda deste turpedo aos chineses.


Os americanos tinham conhecimento de tais manobras e não estavam interessados em que os chineses adquirissem tais armas. Tinham sido enviados para o local: dois submarinos americanos, um inglês e dois navios espiões, um da NATO e outro da Noruega.


Nessa manhã do dia 12 de Agosto de 2000, o Koursk sobe a 18 metros da superfície e prepara-se para lança o seu torpedo Schkval. Após o silêncio, ouvem-se duas explosões. A versão oficial fala da idade avençada do submarino que terá sofrido um acidente. Ninguém se refere a um general chinês e dois árabes que estariam a bordo para assistir ao lançamento do torpedo com fins comerciais. Também ninguém fala da proximidade dos submarinos americanos, dado que tudo faz parte do segredo da espionagem militar.



O submarino americano Toledo terá colidido involuntariamente com o Koursk e outro submarino americano Memphis para proteger a sua fuga terá disparado um torpedo MK48 contra o Koursk.



As questões que surgem são:


Porque é que foram necessárias 30 horas para localizar o Koursk se esteve se encontrava num local com uma profundidade máxima de 108 metros?

Porque é que os socorros levaram tanto tempo?

Porque é que foi lançado um alerta nuclear com a descolagem dos aviões de caça russos, se não existia oficialmente uma ameaça americana?

Porque é que o director da CIA, George Tenet, foi pessoalmente a Moscovo três dias depois do acidente?

Porque é que houve a necessidade de numerosas conversas telefónicas na semana seguinte entre Putine e Clinton?

Porque é que no mês seguinte uma divida russa foi anulada pelos americanos, além de um novo empréstimo?

Porque é que o programa de escudo antimíssil foi suspenso?

As provas:

Após quatros anos de enquerito, Jean-Michel Carré, realizou um documentário onde apresenta numerosos indicios que corraboram esta tese:


As primeiras declarações dos responsáveis pela frota russa punham em causa os Estados Unidos, foram despedidos.

O buraco que se vê nos destroços do Koursk só pode ter sido provocado por um torpedo.

Foi recuperada uma boia de alarme americana no local do acidente.

As autoridades americanas nunca eceitaram a inspecção ao seu submarino Toledo.

É um facto que o director da CIA foi a Moscovo três dias depois do acidente.

A recusa russa de ajuda estrangeira para salvar um submarino que estava apenas a 108 metros de profundidade.

A decisão de não recuperar o compartimento onde se encontravam os torpedos, mas sim de o destruir no fundo do mar sem o examinar.


Este acidente custou a vida a 118 pessoas que voluntáriament não foram salvas porque conheciam a verdade. O presidente russo e o americano conseguiram evitar um conflito maior porque as duas partes tinham interresse em que a situação fica-se secreta, tendo demonstrado o seus estatutos de nações militar mais potentes do mundo e tendo negociado contrapartidas mutuas.

Mais uma vez a versão oficial, que colou o mundo às televisões, está longe da realidade. Todos tinham interresse em manter a tese oficial, os russo que salvavam a face e voltava ao seu estatuto de grande potência, os Estados Unidos e o Reino Unido que mantinham uma a pressão sobre os russos.


http://fboizard.blogspot.com/2005/01/koursk-vrit-poutinienne.html

http://www.temoignages.re/koursk-la-these-officielle,7108.html

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Actimel e publicidade enganosa.












Ao longo dos anos, habituamo-nos a aceitar como verdade o que nos diz a publicidade sobre o Actimel, isto é que "reforça as defesas do nosso organismo". O fabricante diz basear-se em estudos científicos que comprovam tal facto. Ainda para mais, o responsável de tal proeza tem um nome latino, L. casei Imunitass, o que dá um toque de científico.



Tudo não passa de uma publicidade enganosa bem orquestrada...

A grande moda actual são os probióticos. Estes são segunda a OMS “organismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefício à saúde do hospedeiro”. No caso dos iogurtes, é geralmente aceite que estes podem contribuir para reequilibrar a flora intestinal, por exemplo nos casos de diarreia. Para isso qualquer iogurte natural serve. O problema é que no caso do Actimel da Danone, o seu fabricante afirma que este tem efeitos benéfico para o sistema imunitário e como tal reforça as nossas defesas naturais.



Pode-se ler no site oficial do Actimel as seguintes explicações:



O que é o L. casei Imunitass? O L. casei Imunitass é um probiótico: um microrganismo vivo que, quando ingerido em quantidades adequadas, tem efeitos benéficos para a saúde além do efeito nutricional. A estirpe específica L. casei Imunitass foi seleccionada pelo centro de investigação Vitapole pela sua resistência à acção dos sucos digestivos e pelos seus efeitos benéficos para o sistema imunitário.



Qual a diferença entre L. casei Imunitass e os outros fermentos de iogurte?Em comparação com os outros fermentos do iogurte, a cultura probiótica L. casei Imunitass é consideravelmente mais resistente ao ácido clorídrico segregado pelo estômago, conseguindo assim passar em elevadas concentrações para o intestino, onde se encontram cerca de 70% das células do sistema imunitário. Uma vez no intestino, o L. casei Imunitass ajuda a reforçar as nossas defesas naturais.



Tudo isto, dizem-nos, é baseado em mais de 34 estudos científicos. Os estudos em questão foram feitos em amostras populacionais muito restritas e nenhum foi feito em "duplamente cego", estudo em que nem as pessoas nem o investigador sabem quem está a receber o produto testado, só assim se pode excluir o efeito placebo.



Activia e Actimel representam 1 500 milhões de Euros de receita, só na Europa, ou seja 10% da receita total mundial da Danone que é 15 mil milhões de Euros. A Danone acaba de anunciar uma previsão de crescimento para o primeiro semestre deste ano de 7%.



Temos de ter em conta que o Actimel é caro. Qualquer consumidor tem o direito de saber se este tem realmente um efeito benéfico para a saúde para estar disposto a pagar a pequena garrafa de Actimel que são vendidas a 9 Euros o litro, ou seja 8 vezes mais do que um litro de leite e 3 vezes mais caro que um iogurte normal!



Em Setembro de 2009, a Autoridade de Regulação da Publicidade Britânica (ASA) proibiu a difusão de um spot publicitário de Actimel. Motivo: as afirmações que este contribuía para a melhoria da saúde das crianças, não são suficientemente fundamentadas em estudos científicos.



Em Fevereiro deste ano a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA), tinha feito parte das suas dúvidas quanto aos efeitos do "immunofortis", um conjunto de probióticos incorporado nos alimentos para os bebés e que reforçaria o sistema imunitário, o Danone Baby Nutrition. Aqui também as provas científicas são insuficientes.



Nas próximas semanas, Activia e Actimel deveriam ser avisadas pela EFSA que tinham que apresentar provas do que é afirmado nas publicidades. Este dia 15 de Abril 2010, a Danone antecipou-se e decidiu retirar o seu pedido de validação na EFSA e modificar as mensagens das suas publicidades não falando dos efeitos benéficos para a saúde.




http://www.lefigaro.fr/societes/2010/04/15/04015-20100415ARTFIG00501-danone-revoit-sa-copie-pour-activia-et-actimel-.php

http://www.boursier.com/forum/valeurfr/danone,FR0000120644/danone+retire+sa+demande+de+validation+par+l

http://www.actimel.pt/whatActimel_casei.html

terça-feira, 27 de abril de 2010

Estranhas contradições no acidente aéreo polaco.

No passado dia 10 de Abril de 2010, o avião polaco que transportava o presidente e a sua comitiva caia em Smolensk na Rússia. Poucas horas depois os responsáveis russos relatavam as circunstâncias do acidente e as suas possíveis causas.

Este relato demasiado rápido, punha em causa o piloto, mas muito de que foi então afirmado não corresponde à verdade...






A maioria dos comunicados, após o acidente, foi feita pela agência russa RIA Novosti, pró-governamental. Curiosamente, nesse mesmo dia, esta agência falava em 132 mortos, depois 150, e por fim 97.


Foi dito que o avião presidencial tentou aterrar várias vezes, e que quando se deu o acidente estava na sua quarta tentativa. Ora várias testemunhas afirmam que o avião só fez uma única tentativa.

As caixas negras estão nas mãos das autoridades russas e as autoridades polacas ainda não puderam executar o seu próprio inquérito.

A mesma agência de informação insiste desde das primeiras horas da culpa do piloto. Este era, como seria de esperar, um piloto com muita experiencia, que conhecia bem o aeroporto de Smolensk, onde tinha aterrado no dia 7 de Abril deste ano para aí deixar o Primeiro-ministro polaco, Donald Tusk.

O intenso nevoeiro referido não é confirmado pelos jornalistas que esperavam o avião presidencial no aeroporto. Alias, uma hora antes um outro Tupolev tinha aterrado sem problemas.

Foi dito e redito, que o piloto não obedeceu à torre de controle que teria dito para o avião não aterrar e ser desviado para outro aeroporto. O problema é que esta informação, por enquanto, não pode ser verificada, estes dados são apenas provenientes das autoridades russas. Qualquer piloto sabe que a não obediência às instruções da torre de controle é um verdadeiro suicídio A pressão por parte do presidente polaco para aterrar parece pois pouco provável.


Foi também dito que o acidente se deveu a um erro nas manobras de aterragem, em particular o angulo e a velocidade de aproximação. Para um piloto experiente, estes dados são de estranhar, a não ser que recebe-se informações erradas da torre de controle e/ou dos instrumentos de voo.


Uma das causas do acidente poderá ter sido um problema de língua, foi-nos avançado pelos controladores aéreos, dado que o piloto não falava bem russo. A própria mãe e as patentes superiores do piloto desmentem e referem que este falava fluentemente russo.


Alguns jornalistas revelaram fotografias onde se podia ver soldados e oficiais russos trocar as lâmpadas da pista de aterragem de Smolensk, algumas horas após o acidente. Os polacos já pediram explicações às autoridades russas.


http://www.swietapolska.com/news/swpolska3398.html



http://www.swietapolska.com/news/swpolska3413.html

Quando a corrupção compensa...

Na mesma altura em que a Assembleia da Républica aprovava um conjunto de 12 projectos de combate à corrupção, o Tribunal de Relação de Lisboa absolvia o empresário Domingos Névoa do crime de tentativa de corrupção do vereador da Câmara de Lisboa José Sá Fernandes.





Domingos Névoa estava acusado do crime por alegadamente ter tentado subornar o vereador, ao querer que Sá Fernandes desistisse da ação popular de contestação do negócio de permuta - entre a Câmara e a empresa Bragaparques - dos terrenos do Parque Mayer pelos da Feira Popular.



Segundo os juízes da Relação, "os atos que o arguido (Névoa) queria que o assistente (Sá Fernandes) praticasse, oferecendo 200 mil euros, não integravam a esfera de competências legais nem poderes de facto do cargo do assistente".
Assim, a decisão da Relação indica que "não se preenche a factualidade típica do crime de corrupção ativa de titular de cargo político".







Incrível, não? Sobre este assunto, Daniel Oliveira escrevei no "Expresso" de 23 de Abril de 2010, um excelente artigo, que passo a transcrever:









E se isto nunca mudar?




A absolvição de Domingos Névoa, quando todas as provas foram recolhidas, é um sinal de complacência com a corrupção. E parece dar razão a todos os pessimistas: isto nunca vai mudar.
No mesmo momento em que o Parlamento, cheio de frases bondosas e pias intenções, aprovava um pacote anticorrupção, o Tribunal da Relação de Lisboa anunciava a absolvição de Domingos Névoa.



Para que não haja confusão: o tribunal deu como provados todos os factos essenciais. Dá-se o pormenor dos juízes considerarem que um empresário tentar pagar a alguém com responsabilidades políticas para que este mude publicamente de posição sobre um negócio em que está envolvido não consiste um acto de corrupção. Apenas porque não há, na consequência desse pagamento, nenhum acto administrativo da competência do político.



O que o tribunal disse a todos os corruptores (e a todos os portugueses) é que é legal comprar posições públicas dos decisores que nós elegemos. Que a nossa democracia está à venda, disponível para os caprichos dos domingos névoas desta Pátria.



Ricardo Sá Fernandes, o homem que denunciou a tentativa de corrupção, acabou por não ver a justiça feita e ainda pagou 10 mil euros ao dono da Bragaparques. Já o empresário saiu satisfeito e ainda se fez de vítima de calúnias. Apesar de, como já disse, tudo ter ficado provado.



O que o tribunal disse a todos os que sejam abordados por um corruptor (e a todos os portugueses) é que a luta contra a corrupção não é um dever de cidadania. É uma carga de trabalhos sem qualquer consequência. Mesmo que todas as provas estejam lá.



Vale a pena ver a reportagem que a SIC passou esta semana sobre o tema: Crime sem castigo . É isto mesmo: é um crime que nunca é castigado. O primeiro corruptor de um decisor político sobre o qual se conseguiram reunir todas as provas safou-se. Depois disto, quem acredita que alguém será condenado?



O problema não são as leis. O problema não é apenas a falta de meios de investigação. O problema é um país complacente com a corrupção. Em que quem a denuncia é tratado com desconfiança e quem corrompe com indiferença e até, por vezes, admiração.



Não sou dado a discursos catastrofistas. Mas há dias em que se perde a esperança de dar a este País alguma dignidade. Em que se começa a acreditar que a nossa sina é viver num eterno atraso onde só os chicos-espertos podem vingar. Há dias em que pensamos que não vale a pena. Que a única forma de mudar é sair daqui e entregar isto aos névoas, aos ruis pedros soares , aos godinhos. Há dias em que sentimos que não temos direito à esperança de deixar um país decente aos nossos filhos e só nos resta esperar que eles consigam ir embora à primeira oportunidade.



Acordamos, no dia seguinte, e tentamos acreditar que, com muita persistência, a democracia, ainda sequestrada por gente sem valores nem escrúpulos, acabará por se impor. E conseguiremos estancar a sangria de recursos que a corrupção provoca. Temos de ser optimistas. Mas há dias em que custa acreditar que alguma vez vai ser diferente.





http://aeiou.expresso.pt/e-se-isto-nunca-mudar=f578214

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Acidente aéreo na Polónia: muitas dúvidas para esclarecer.





Muitas dúvidas existem sobre o acidente aéreo que vitimou o presidente polaco e a comitiva que o acompanhava.

Uma das quais é o facto do avião voar demasiado baixo na aproximação à pista de Smolensk aquando da aterragem.






Para além da tristeza, dor e emoção, os polacos querem entender. Eles querem entender como foi possível o avião presidencial ter caído em Smolensk. A verdade vai ser difícil ou até talvez impossível de descobrir a menos que exista uma cooperação entre a Rússia e Polónia. Isto anuncia-se difícil, as versões sucedem-se.

Para tentar entender o que se passou, vamos tentar reunir algumas das provas e as informações fundamentais que foram verificadas. Na verdade, algumas das coisas que foram ditas são reais e outras muito menos.

Imediatamente após o acidente, Andrei Yevseienkov, porta-voz do governo regional de Smolensk, disse que "O avião da presidência da Polónia, um Tupolev 154, caiu devido à má visibilidade, na sua quarta tentativa de aterrar quando havia muito nevoeiro". O problema é que menos de uma hora antes do acidente, outro avião pousou em segurança, e que o Tupolev presidencial nunca fez quatro tentativas de aterragem, mas apenas uma, antes do acidente, isto foi confirmado por várias testemunhas.



Além disso, o avião caiu quando voava a baixa altitude, rente às arvores, como se o piloto pensa-se que se encontrava a uma altitude bastante mais alta.

Smolensk é um aeroporto militar, mas permite voos civis. Este aeroporto não possui equipamento para aterrar com nevoeiro, é a torre de controle que dá as ordens oralmente. Duas soluções estão disponíveis para os controladores russos: oralmente aterra com segurança as aeronaves ou desvia o avião para o aeroporto mais próximo.

Foi comunicado ao avião presidencial para desviar para Minsk, Moscovo ou até para voltar para Varsóvia. Mas em qualquer dos casos, nunca o aeroporto de Smolensk foi encerrado.

Acusar o piloto parece o mais fácil. Mas o piloto era experiente e conhecia a pista Smolensk pois tinha lá aterrado ao levar o primeiro-ministro Donald Tusk no dia 7 de Abril deste ano, para a comemoração oficial do massacre de Katyn (nessa altura, o presidente Kaczynski não tinha sido convidado). Além disso, é difícil imaginar que um piloto inexperiente possa pilotar um avião presidencial na Polónia ou em qualquer outro pais.

Então o que aconteceu? Quando um avião descola, para um destino conhecido, é informado das condições meteorológicas do aeroporto de chegada. Portanto ao descolar, o avião presidencial, não se iria deparar com nenhum problema, nem houve qualquer problema uma hora antes quando um outro avião Tupolev polaco aterrou.

O inquérito vai ser difícil. A neblina não era muito espessa perto do chão, em contrapartida, em altitude pode ser diferente. A aeronave passou de voo em IFR para VFR, o que significa passou do voo sem visibilade guiada pela torre de controle, para o controle visual feito pelo piloto em aterragem manual. Dadas as circunstâncias da queda, é muito possível que orientações erradas tenham chegado ao piloto.

Se as caixas negras forem analisadas objectivamente por uma comissão mista e independente, a verdade será conhecida em breve. Caso contrário, o segredo permanecerá na torre de controle do aeroporto de Smolensk e as dúvidas vão persistir para sempre.





Traduzido por Octopus de um artigo publicado no jornal polaco em lingua francesa "Beskid".







http://www.beskid.com/View.php?ArticleID=1425

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Visita do Papa a Portugal: Tolerância de ponto e pontos de vista.

Portugal tem uma dívida externa superior à do PIB ( poderá ser de 130% do PIB em 2013), o PEC proposto pelo governo, exige grandes sacrifícios às classes sociais mais desfavorecidas com poucas ou nenhumas medidas estruturantes, no entanto decreta tolerâncias de ponto no decorrer da visita do Papa a Portugal.


Esta medida, além de economicamente incompreensível, é inaceitável num estado laico apesar de maioritariamente católico.








Laicidade e liberdade religiosa.





Por ocasião da visita do Papa Bento XVI a Portugal, o Governo decidiu dar tolerância de ponto a todos os trabalhadores da Administração Pública no dia 13 de Maio. Em Lisboa, os funcionários públicos vão ter tolerância a partir da tarde de 11 de Maio. No Porto, terão a manhã de 14 de Maio.


Como define a Constituição Portuguesa, o estado está separado das igrejas (nº4, artigo 41º), além disso, ninguém pode ser isento de obrigações ou deveres cívicos por causa das suas convicções ou prática religiosa (nº3, artigo 41º). Não se percebe quais foram os critérios para a concessão das tolerâncias de ponto concedidas pelo governo.


A Lei da Liberdade Religiosa (de Junho de 2001) também estipula que o "Estado não descriminará nenhuma igreja ou comunidade reliosa relativamente às outras" e que "nos actos oficiais será respeitado o princípio da não confessionalidade". Além dos actos oficiais, dado o Papa ser um Chefe de Estado, qualquer outro ivento, como as missas, não deveria ter a presença assidua do Presidente da Républica. Apesar deste poder ter as suas convicções religiosas como cidadão, não o poderá fazer em nome da função que ocupa.





Tolerância de ponto injustificada.


O deputado Miguel Vale de Almeida, eleito como independente nas listas do PS, insurgiu-se ontem contra a decisão do Governo de dar tolerância de ponto nos dias da visita do Papa Bento XVI a Portugal - de 11 a 14 de Maio: "não tem a mais pequena justificação": "Nem o facto de o catolicismo ser a religião maioritária no país, pois a visita do Papa não corresponde a uma data do calendário daquela confissão."


A Associação República e Laicidade enviou ontem cartas ao primeiro-ministro, presidentes das câmaras municipais de Lisboa, Porto e Vila Nova de Gaia denunciando também esta decisão do Governo.


Também os líderes sindicais da UGT e CGTP teceram críticas à intenção de poupar os três dias laborais devido à visita do Papa. O secretário-geral da UGT, João Proença, recusa que "o Governo dê tolerância aos funcionários públicos, se isso puser em causa o funcionamento dos serviços públicos e das empresas", apesar de calcular uma adesão diminuta aos festejos religiosos - "quando muito serão dez por cento dos trabalhadores que estarão envolvidos".





Uma tolerância cara.


O antigo consultor do Banco Mundial, Luís Bento, não tem dúvidas que a medida vai sair cara à economia nacional: são milhões de euros de quebra produtividade que vão ser desperdiçados.


Por seu turno, a Associação Empresarial de Portugal (AEP) considera que esta decisão "Num momento em que estão a ser pedidos muito sacrifícios, o Governo dá sinal no sentido contrário". Considera ainda que esta tolerância de ponto «é mais uma discriminação positiva dos funcionários públicos em relação aos portugueses em geral»,





http://www.laicidade.org/

http://jornal.publico.pt/noticia/16-04-2010/deputado-do-ps-critica-tolerancia-de-ponto-devido-a-visita-do-papa-19204564.htm

http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/papa-bento-xvi-funcao-publica-governo-tolerancia-de-ponto-agencia-financeira/1155195-1730.html

terça-feira, 20 de abril de 2010

Fecho do espaço aéreo europeu: uma decisão nebulosa.

O espaço aéreo europeu esteve fechado durante cinco dias por questões de segurança. Claro que devemos minimizar os riscos; mas cada vez mais são tomadas decisões securitárias aceites pelo cidadão comum sem que este se interrogue sobre a sua inevitabilidade.


Existem cada vez mais ameaças globais que nos conduzem a aceitar as nossas interdependências sem por em questão as razões das decisões tomadas por grupos restritos supranacionais.


Tivemos a ameaça questionável do terrorismo após o 11 de Setembro, o aquecimento global baseado em bases científicas duvidosas, a gripe das aves seguida da gripe A ditadas pela OMS sob manipulação do lobby farmacêutico, a crise financeira mundial encenada pelos que dela vieram a beneficiar,...


A recente erupção de um vulcão na Islândia paralisou grande parte do espaço aéreo europeu. Quem decide de tais medidas? Quem controla estes organismos? Quais são as bases científicas destas medidas?







O que está em causa:



A passagem de um avião comercial por uma nuvem vulcânica desliga os motores do aparelho e transforma-o num planador, o que faz com que estas poeiras sejam um «perigo para a aviação». A explicação foi dada à Lusa por um piloto português, José Cruz dos Santos, comandante e responsável pela área de segurança da Associação dos Pilotos Portugueses de Linha Aérea (APPLA).


O radar meteorológico dos aviões «detecta a humidade que existe dentro das nuvens, mas estas são secas, por isso não têm grande reflexão em termos de radar», explicou o piloto.


«Ao entrar nos motores, a cinza entra nas câmaras de combustão e, devido à temperatura muito elevada, volta a derreter, e agrega-se às câmaras de combustão, impedindo a passagem de ar» e, consequentemente, para o motor.


«Cria-se uma nuvem densa dentro do avião devido à contaminação dos ares condicionados, porque o ar condicionado vai retirar ar aos motores»


«Os tanques de combustível também ficam contaminados porque estão constantemente a ser pressurizados com ar que vem dos motores», o que «dificulta a sua utilização», acrescentou.





Quem toma as decisões:



No coração da crise, o VAAC (Volcanic Ash Advisory, Centro de Estudos de cinzas vulcânicas) está debaixo de fogo. A organização, sediada em Londres, que depende da Meteorologia britânica, é responsável pelo caos que tomou conta do ar, obrigando milhares de passageiros a ficarem retidos nos aeroportos de todo o mundo.

O VAAC o um órgão de referência a nível europeu para acompanhar, calcular e prever o movimento de cinzas vulcânicas na atmosfera. Ele trabalha principalmente com imagens de satélite e emprega dezenas de analistas e pesquisadores.


Existem oito outros institutos deste tipo no mundo, incluindo um em Toulouse, na França, cada um vigia uma parte do céu. O da capital britânica está a cargo de tudo o que acontece ao longo do Reino Unido, Islândia e todo o nordeste do Oceano Atlântico.





A erupção do vulcão Eyjafjöll ocorreu em solo islandês, por isso compete ao VAAC de Londres, ocupar-se deste caso. Ele é quem tem o poder de fechar o espaço aéreo britânico e, potencialmente, a Europa durante o tempo que julgar necessário. Nos estatutos da União Europeia, Bruxelas deve fazer cumprir rigorosamente as recomendações da VAAC e respeitar a sua decisão para garantir a segurança da aviação.



As críticas:



Mas o instituto de Inglês é acusado de excesso de zelo e ter sido demasiado cauteloso. Ontem, as companhias aéreas, a British Airways à cabeça, criticaram duramente as decisões do VAAC, que no entanto mantêm que as decisões tomadas foram as mais adequadas.




Emmanuel Bozra, engenheiro meteorologista de Meteo France, diz que trabalharam recentemente nas erupções do Etna Stromboli. O primeiro produziu uma grande quantidade de poeira em Novembro de 2009 e o mesmo se passou em Março de 2004 com Stromboli.


O VAAC, com quem estamos em contacto constante, trabalham com modelos matemáticos que definem o comprimento e a altura da cinza e a quantidade de poeira vulcânica emitida, com base nas informações colectadas por islandeses. Usamos essa informação nos nossos próprios modelos matemáticos, que também são alimentados por medições feitas por satélites meteorológicos. Em seguida, distribui-mos essa informação às autoridades da aviação civil.


Só agora vamos começar os testes nas nuvens. A missão da aeronave vai ser de entrar na nuvem de cinza vulcânica para medir o tamanho e a concentração de partículas.




A KLM anunciou ontem, ter realizado com segurança voos sem passageiros para levar nove aviões da Alemanha para os Países Baixos. A aeronave, que tinha voado mais de 3.000 m, parecia não ter sofrido nenhum dano e não mostrou qualquer anormalidade. O mesmo se passou com o teste de voo realizado com um Airbus da Air France entre Paris e Toulouse. Mas já no sábado, a Lufthansa tinha feito o voo de volta de dez aviões em Frankfurt e Munique, voando uma distância entre 3000 e 8000 metros, resultado: nem um arranhão.


Gerard Feldzer, director do Museu do Ar e do Espaço no Bourget, em França, dizia: "Eu não entendo porque não fizemos voos de teste antes de ontem à noite ou enviado balões ... Nós simplesmente confiamos nas simulações de computador realizadas pelo Vulcanic Ash Advisory Center ( VAAC) de Londres! "




Os cientistas do VAAC nunca esconderam que é actualmente impossível medir as concentrações de partículas numa nuvem de natureza volátil e com uma extensão de milhares de km². Só a evolução e a dispersão da nuvem na atmosfera são medidas.

Os construtores de reactores não são capazes de dizer qual é a quantidade de cinza necessária para se tornar perigosa para os aviões.


Ninguém tem qualquer interesse em assumir riscos quando vidas estão em jogo, mas a decisão de fechar quase todo o espaço aéreo europeu foi tomada sem qualquer cálculo sobre a concentração de partículas no ar. Os países europeus têm seguido as recomendações inglesas sem terem lançado nenhum balão meteorológico. O impacto económico e humano é enorme.


O princípio da precaução perante o risco é preocupante, porque, apesar de ninguém ser contra esse princípio, este é muitas vezes aplicado de uma forma maximalista e até ideológica.


quinta-feira, 15 de abril de 2010

O mito do fim do petróleo.




Já foi aqui referido que o petróleo poderá não resultar de uma decomposição orgânica, mas sim ter uma origem inorgânica, e portanto abiótica.


Este facto explica que númerosas jazidas de petróleo que estavam preste a esgotaram-se, tenhem visto a sua produção aumentar.


As implicações são que o petróleo está longe de se esgotar e que as grandes empresas petrolíferas nos têm mentido para poder controlar e manter os preços elevados.








Petróleo sustentável?



Em 2004, o WordNetDaily, publicou um artigo em que Chris Bennett sustenta asua teoria do petróleo abiótico.



No mar, a cerca de 130 quilómetros da costa do estado da Luisiana, fica uma montanha, a maior parte submersa, e cujo topo é conhecido por Ilha Eugene. A parte submarina é assustadora, uma torre a pique projectando-se das profundidades do Golfo do México, com fendas profundas e falhas perpendiculares que expelem espontaneamente gás natural.


Uma importante jazida de crude de petróleo foi descoberta nas proximidades nos finais dos anos 60, e nos anos 70, uma plataforma chamada Eugene 330 estava a produzir activamente cerca de 15.000 barris por dia de crude de petróleo de alta qualidade.Nos finais dos anos 80, a produção da plataforma desceu para menos de 4.000 barris por dia, e foi necessário bombear o petróleo.


De repente, em 1990, a produção subiu novamente para os 15.000 barris diários, e as reservas que tinham sido estimadas em 60 milhões de barris nos anos 70, foram recalculadas para 400 milhões de barris. Curiosamente a idade geológica medida do novo petróleo era quantitativamente diferente do petróleo bombeado nos anos 70.Análises dos registos sísmicos revelaram a presença de uma "profunda falha" na base da jazida da Ilha Eugene donde estava a jorrar um rio de petróleo de alguma fonte mais profunda e previamente desconhecida.


Resultados semelhantes foram observados noutros poços de petróleo do Golfo do México, Alásca, Uzbequistão ou Médio Oriente.


Uma teoria intrigante que corre agora entre as equipas de pesquisa das companhias petrolíferas sugere que o crude de petróleo pode ser, na realidade, um produto natural inorgânico, e não o resultado de uma decomposição orgânica durante tempos incomensuráveis








A teoria do petróleo abiótico:




A teoria é simples: o crude de petróleo forma-se num processo natural inorgânico que ocorre entre o manto e a crosta terrestre, algures entre 8 e 30 quilómetros de profundidade.


O mecanismo sugerido funciona da seguinte maneira:


1) O Metano (CH4) é uma molécula vulgar que se encontra em grandes quantidades no nosso sistema solar e existe em grandes concentrações a grande profundidade na Terra.


2) Na camada entre o manto e a crosta, aproximadamente a 6 quilómetros abaixo da superfície terrestre, correntes de gases comprimidos à base de metano elevam-se rapidamente atingindo bolsas a alta temperatura causando a condensação dos hidrocarbonetos mais pesados. O resultado desta condensação é normalmente conhecido por crude de petróleo.


3) Alguns gases comprimidos à base de metano migram para bolsas e jazidas que extraímos com o nome de gás natural.


4) Nos "arrefecedores" geológicos, regiões mais tectonicamente estáveis à volta do mundo, o crude de petróleo deposita-se em jazidas.


5) Nos "aquecedores" geológicos, áreas vulcânicas tectonicamente mais activas, o petróleo e o gás natural continuam a condensar-se e acabam por oxidar-se, produzindo dióxido de carbono e vapor, que é expelido por vulcões activos.


6) Periodicamente, dependendo das variações geológicas e dos movimentos terrestre, o petróleo vem à superfície em quantidade, criando as vastas jazidas de areia betuminosa do Canadá e da Venezuela, ou as contínuas infiltrações encontradas sob o Golfo de México e no Uzbequistão.


7) Periodicamente, dependendo das variações geológicas, os vastos e profundos lagos de petróleo escapam-se e tornam a encher jazidas já conhecidas de petróleo.



Algumas provas...




No seu livro de 1999, "The Deep Hot Biosphere," [A Biosfera quente e profunda], o Dr. Gold apresentou provas convincentes da formação de petróleo inorgânico. Ele salientou que todas as estruturas geológicas onde o petróleo é encontrado correspondem a formações terrestres profundas, e não a deposições aleatórias que encontramos em rochas sedimentares, a fósseis associados ou até à vida corrente da superfície.


Uma coisa interessante é o facto de que o petróleo é encontrado em grandes quantidades através de formações geográficas onde a quantidade de vida pré-histórica não é suficiente para produzir as jazidas existentes de petróleo.


Outro facto interessante é que todos os campos petrolíferos do mundo libertam hélio. O hélio está de tal forma presente em todos os campos petrolíferos que detectores de hélio são usados como ferramentas na prospecção de petróleo. O hélio é um gás inerte e um produto básico da desintegração radiológica do urânio e do tório, identificado em quantidade a grandes profundidades sob a superfície terrestre, a 3o0 quilómetros ou mais. O hélio não é encontrado em quantidades significativas em áreas não produtoras de metano, petróleo ou gás natural. Não faz parte dos cerca de doze elementos comuns associados à vida. É encontrado através do sistema solar assim como um produto perfeitamente inorgânico.


Ainda mais intrigante são as provas de que várias jazidas de petróleo em todo o mundo estão a voltar a encher-se, tal como a jazida da Ilha Eugene – não a partir dos lados, como seria de esperar de jazidas orgânicas contínuas, mas de baixo para cima.


O Dr. Gold acredita verdadeiramente que o petróleo é uma "sopa renovável e primordial, continuamente produzida pela Terra sob condições ultra-quentes e pressões tremendas. À medida que esta substância se desloca para a superfície, as bactérias unem-se a ela, fazendo com que pareça ter uma origem orgânica que remota ao tempo dos dinossauros."


O Dr. J.F. Kenney da Gas Resources Corporations de Houston no Texas, previu que partes da Sibéria contêm uma jazida de petróleo igual ou maior do que as já foram descobertas no Médio Oriente.


O Dr. Kenney é citado por ter afirmado que "físicos competentes, químicos, engenheiros e homens conhecedores da termodinâmica sabem já desde o último quartel do século XIX que o petróleo não evolui de materiais biológicos."





Profundamente entranhada na nossa cultura está a crença de que nalgum ponto no futuro relativamente próximo veremos a última bomba a trabalhar no último poço de petróleo em funcionamento a chiar, e que não haverá nada a fazer. O fim da Idade do Petróleo. E a não ser que descubramos outra fonte de energia barata, o mundo tornar-se-á rapidamente um sítio muito mais tenebroso e mais perigoso.


Se o Dr. Gold e o Dr. Kenney estão correctos, este cenário de "fim do mundo tal como o conhecemos" simplesmente não acontecerá. Pensem nisso... enquanto reservas profundas de crude petrolífero inorgânico, não inesgotável e de extracção comercialmente praticável abastecerão o mundo com combustível barato. O Dr. Gold afirmou que as actuais reservas mundiais de crude petrolífero poderão multiplicar-se por 100.






(Nota: ao ler o artigo original e depois pesquisando na internet, apercebi-me que o mesmo já tinha sido traduzido e publicado num excelente site que aconselho: http://www.citadino.blogspot.com/. Os extractos aqui mencionados provêm dessa tradução, o original pode ser lido em: http://www.wnd.com/news/article.asp?ARTICLE_ID=38645 )




quarta-feira, 14 de abril de 2010

A reunião do Clube Bilderberg 2010 será em Espanha (?)

A reunião da Comissão Trilateral irá ter lugar no Four Seasons Resort em Dublin, Irlanda, de 6 a 10 de maio deste ano. Dos cerca de 300 participantes, muito farão parte da reunião do clube Bilderberg que terá lugar em Sitges, em Espanha, perto de Barcelona, de 3 a 6 de junho.






Segundo um conselheiro financeiro que lida com muitos dos participantes, um dos objectivo traçado é de manter a recessão global por mais um ano, isto porque ainda consta dos seus planos a criação de um departamento finaceiro mundial dependente das Nações Unidas. Este objectivo já fazia parte da reunião Bilderberg do ano passado na Grécia, mas foi bloqueado por nacionalistas na Europa e nos Estados Unidos que contestaram a sobrania da ONU.



Fonte da American Free Press sublinha as palavras do presidente francês Nicolas Sarkozy, que num discurso na Universidade de Columbia, no dia 29 de março, dizia: "devemos inventar uma nova ordem monetária mundial". Ele estava-se a referir claramente à recente proposta de criar um "Departamento do Tesouro".



O objectivo último dos Bilderberg permanece inalterado: tornar a ONU num governo mundial sendo os "estados-nações" apenas referências geográficas. A União Europeia está-se a tornar uma entidade política única, seguir-se-à a "União Americana" e finalmente a "União Asia-Pacífico".



Como a Eunião Europeia, a União Americana terá uma comissão executiva e um chefe de estado que poderá impor as suas leis aos países membros. Como a EU terá uma moeda única. A União Asia-Pacífico seguirá o mesmo caminho.



Provavelmente não houvirá falar nos meios de comunicação social desta reunião, porque muitos dos que nela participam são donos dos média. Apesar de tudo são cada vez mais numerosos os jornais independentes e os sites na internet que a ela se referem. São também esses meios de comunicação que têm promovido uma crescente resistência na opinião pública perante o aumento dos poderes da União Europeia em detrimento da soberania nacional.



Eiste igualmente no Estados Unidos uma oposição cada vez maior ao livre comercio na América do Norte que eliminaria as fronteiras entre os USA, o Canadá e o México. Os planos da Trilateral e de Bidelberg é de extender a NAFTA a todos os países da região de modo a evoluir para uma União Americana.





Extrato do artigo de James Tucker publicado no American Free Press. Este jornalista passou muitos anos como membro da "elite" dos média em Washington, mas desde 1975 é um dos maior especialistas em denunciar organizações mais ou menos secretas que têm como objectivo a criação de um poder global, como os Bilderberg.



http://www.americanfreepress.net/html/bilderberg_found_217.html







Falamos aqui em Trilateral e Bilderberg. Para mais informação aconselho pesquisar na internet as numerosas referência existentes. Aqui fica, muito brevemente, em que consistem:



Comissão Trilateral:



A Comissão Trilateral foi fundada em 1973 por iniciativa de David Rockefeller, o presidente do poderoso banco Chase Manhattan.

A Comissão Trilateral é uma organização internacional privada que congrega cerca de 325 personalidades líderes em diversas áreas de actividade - empresarial, política (excepto quando em funções governamentais), académica e imprensa - provenientes da América do Norte, Japão e Europa.

Desde a eleição de Jimmy Carter, em 1976, que o Poder Executivo nos EUA foi literalmente sequestrado pelos membros da Comissão Trilateral. Esse domínio quase absoluto, especialmente nas áreas do comércio, bancos, economia e política externa continua até hoje.

O objectivo é reduzir as soberanias nacionais dos países e depois abolila totalmente de modo a abrir caminho para a criação de uma Nova Ordem Mundial, que será governada por uma elite não eleita e com a sua própria estructura jurídica.



O Clube Bilderberg:



A primeira conferência da Bilderberg realizou-se em Maio de 1954, desde então esta organização secreta realiza todos os anos em diversas cidades europeias e norte americanas, conferências. A Bilderberg todos os anos preocupa-se em convidar as figuras mais poderosas ou futuros aliados, na execução da estratégia de dominação, para as suas conferências.

Este grupo conta nas suas fileiras, Presidentes, Famílias Reais, ministros, industriais e executivos de sucesso, jornalistas, directores de estações de TV, jornais etc.

Portugal tem todos os anos 3 participantes, Pinto Balsemão, que controla jornais, empresas de publicidade e recentemente uma estação de TV, um é convidado assíduo de Bilderberg, pelo menos desde 1988.

Nestas reuniões secretas rodeadas de um forte aparato polícial, são discutas as orientações políticas e económicas dos próximos anos. Tal como a Trilateral, o objectivo é criar uma Nova Ordem Mundial.

As nossas opiniões são manipuladas através dos média que estes controlam. Praticamente todos os presidentes dos USA eleitos foram propostos pelo grupo mais restrito dos Bilderberg. Os últimos primeiros ministros portugueses tinham todos participado nas reuniões antes de serem eleitos (podem consultar as listas na internet).

terça-feira, 13 de abril de 2010

Portugal empresta dinheiro que não tem.



Neste momento, fala-se muito da dívida externa portuguesa. No entanto, aqueles que só agora mostram tanta preocupação, durante muitos anos ignoraram essa mesma dívida, embora ela já estivesse a crescer a um ritmo muito elevado. Entre 2004 e 2009, o valor do PIB em Portugal aumentou, em valores nominais, ou seja, sem entrar com o efeito da subida de preços, 13,6%, enquanto a dívida externa liquida cresceu 78,6%. Em milhões de euros, o PIB aumentou 19.608 milhões de euros, enquanto a dívida cresceu 72.484 milhões de euros, ou seja, 3,7 vezes mais. Como consequência, entre 2004 e 2009, a dívida externa líquida do Pais passou de 64% do PIB para 100,6% do PIB.

Portanto, vai ser necessário recorrer a mais emprestimos para pagar parte dos juros dessa dívida. No entanto, paradoxalmente, Portugal continua a fazer emprestimos a outros países e organizações...




Banco Central Europeu.



Todos nós sabemos que a Grécia atravessa uma situação bastante complicada em termos financeiros. A União Europeia prepara-se para ajudar a salvar as contas públicas do país. Portugal terá de emprestar até 774 milhões de euros à Grécia, caso o governo de Atenas não consiga evitar a falência das finanças públicas gregas, de um total entre os países da União Europeia de 30 mil milhões de euros.

http://globpt.com/2010/04/12/portugal-vai-emprestar-dinheiro-a-grecia/



Angola.


O Governo de Angola aprovou revisão do Orçamento Geral do Estado para 2009 e um acordo de financiamento no valor de 500 milhões de euros celebrado entre os ministérios das Finanças de Angola e de Portugal, informa a rádio estatal. O montante disponibilizado por Portugal vai financiar projectos de investimento público e de infra-estruturas a serem executados em Angola. Este acordo foi assinado, em Lisboa, durante a visita do Presidente da República angolano, José Eduardo dos Santos. De assinalar que não vai a muito tempo se perdoaram, a Angola, dividas de valor bem superior a este...



Angola, bis.



Portugal comprometeu-se com o Fundo Monetário Internacional (FMI) a emprestar a Angola até 200 milhões de dólares (cerca de 140 milhões de euros) já em 2010, ao abrigo do mega-empréstimo no valor de 2,35 mil milhões de euros organizado pelo Fundo à ex-colónia portuguesa e a entrar nos cofres de Luanda já em Março próximo. Não deixa de ser caricato o facto de que para a concessão deste emprestimo, Portugal irá endividar-se ainda mais no exterior, num contexto de aumento das taxas de juro, para emprestar ao Governo de Eduardo dos Santos. Além disso sabemos, que a dívida externa portuguesa ultrapassa os 100% do produto interno bruto (PIB), e conforme os dados mais recentes do Banco de Portugal, e deverá aumentar nos próximos dois anos, com as casas de rating a a ameaçar Portugal com o aumento das taxas de juro que remuneram a dívida.




Moçambique.



O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou o mês passado, depois de uma reunião com o Presidente da República de Moçambique, Armando Guebuza, e com os membros do governo dos dois países, a duplicação da linha de crédito concessional. O crédito é financiado pela Caixa Geral de Depósitos e garantido e bonificado pelo Estado Português de 200 milhões de euros para o montante máximo de 400 milhões de euros. Esta linha destina-se ao financiamento de projectos de investimento em infra-estruturas em Moçambique.




Cabo Verde.



Em 2007 foi anunciado que Cabo Verde vai beneficiar de dois empréstimos de Portugal, de 140 milhões de euros, para construir estradas, portos e aeroportos. Os empréstimos foram feitos a uma taxa de juro abaixo da taxa de mercado, "em condições favoráveis e vantajosas para Cabo Verde", disse Teixeira dos Santos após a assinatura do acordo, explicando que um deles, de 100 milhões, é assegurado pela Caixa Geral de Depósitos mas com "o Estado português como garante". O segundo empréstimo, de 40 milhões de euros, irá financiar projectos de infra-estruturas rodoviárias nas ilhas de Santo Antão, S. Vicente, Maio e Fogo. O dinheiro para estes emprestimos a taxa de juro abaixo de mercado, é obtido por Portugal nos financiadores internacionais a taxas superiores às que depois são aplicadas a Cabo Verde.




FMI.



Em dezembro do ano passado, o Banco de Portugal assinou um acordo para emprestar 1,06 mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Este acordo faz parte de um compromisso assumido pelos países da União Europeia em Março de 2009 para reforçarem a capacidade de financiamento do FMI, com fundos até 75 mil milhões de euros. O compromisso assumido pela União Europeia no sentido de reforçar o capital do FMI foi estabelecido no âmbito da reunião do G20 em Abril de 2009, tendo como objectivo ajudar os países mais afectados pela crise financeira e pela recessão mundial. Tendo em conta as políticas de desregulamentação comercial impostas pelo FMI para destruir as economias locais dos países em via de senvolvimento, favorecendo as grandes multinacionais, podemos estar certos que esse dinheiro irá ser "bem" aplicado!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Quem beneficia com a crise alimentar ?

Em 2007 surgia uma crise financeira mundial devido à especulação imobiliária, os investidores procuraram então valores mais seguros como o petróleo ou os produtos agricolas. No início de 2008 a crise alimentar, dava-se a subida brusca do preço dos alimentos. Os grandes beneficiários foram as multinacionais agroalimentares.









A crise alimentar mundial beneficia as grandes multinacionais que monopolizam toda a cadeia da produção, da transformação e da distribuição dos alimentos. Por isso, não é de estranhar que os lucros das principais multinacionais das sementes, dos adubos, da transformação e da comercialização da alimentação não parem de crescer.






Em 2007, as principais empresas de sementes, Monsanto e DuPont, viram os seus lucros aumentarem 44% e 19% respectivamente, em relação ao ano anterior. No mesmo período, as maiores empresas de adubo, Potash Corp., Yara e Sinochem, tiveram um aumento dos seus lucros de 72%, 44% e 95% respectivamente. A principal cadeia de supermercados britânica teve um aumento dos seus lucros de 12,3% e a Safeway nos Estados Unidos de 15,7%.


No caso da distribuição, a chave destas multinacionais para obter lucros importantes é vender uma grande quantidade de produtos com margens de lucro muito baixas provenientes directamente do produtor. Temos assistido nos últinos anos a uma grande concentração de empresas da cadeia alimentar o que permite a sua monopolização.





Monopólios da alimentação.



As 10 maiores empresas de sementes (Monsanto, Dupont, Syngenta, Bayer,...) controlam 50% das vendas mundiais. Este sector representa 21 mil milhões de Dólares anuais. 82% do mercado mundial das sementes são patenteadas, representando assim monopólios exclusivos da propriedade intelectual.


A indústria das sementes está intimamente ligada à dos pesticidas. E as empresas produtoras de sementes também dominam estas últimas. No sector dos pesticidas a monopolização ainda é mais pronunciada, as 10 maiores empresas de pesticidas controlam 84% do mercado mundial. O maior produtor de sementes, Monsanto, assinou vários protocolos de pesquisa e desenvolvimento com a BASF, o maior produtor de produtos químicos e de pesticidas.


Na distribuição, as 10 maiores empresas controlam mais de 50% do mercado. Na Suécia 3 empresas controlam 95% do mercado. Estes monopólios permitem determinar o que consumimos, a que preço, de que origem, etc. A maior distribuidora do mundo é americana Wal-Mart; o seu volume de vendas está à frente dos gigantes do petróleo (Exxon Mobile, Shell, British Petroleum) e à frente da indústria automóvel (Toyota). Esta concentração na distribuição têm um impacto negativo sobre todos os actores da cadeia alimentar: camponeses, fornecedores, consumidores.


Cumplicidade política e institucional.



Este conjunto de multinacionais controlam toda a cadeia alimentar e beneficiam do apoio explicito das elites políticas e das instituições internacionais que previligiam os lucros dessas empresas em detrimento das necessidades alimentares da população e do respeito pelo ambiente. Estas realizam lucros enormes graças a um modelo agro-industrial liberalizado e desregulamentado.


As instituições internacionais, como o Banco Mundial, a OMC, o FMI, a FAO, dizem que a crise alimentar se deve à insuficiente produção alimentar para cobrir o aumento da população.



Na realidade, hoje em dia o problema principal não é a falta de alimento mas a impossibilidade de o obter. A produção mundial de cereais triplicou desde os anos de 1960, enquanto que a população mundial apenas duplicou. Nunca em toda a história da humanidade se produziu tantos alimentos. Mas para milhões de pessoas no hemisfério sul, as despesas com a alimentação representam 50% a 60% do rendimento (e até 80% em certos países mais pobres), no hemisfério norte essas despesas representam apenas 10% a 20%.








Tradução de extractos de "Les contradictions du système alimentaire mondial" de Esther Vivas.

http://orta.dynalias.org/inprecor/article-inprecor?id=860

domingo, 11 de abril de 2010

As doenças "esquecidas" não são rentáveis.

Os laboratórios farmacêuticos apostam nas doenças crónicas porque são as mais rentáveis. Não estão interessados em curar um doente com uma patologia curável porque esse já não necessitará de mais medicamentos, e isso é o fim do negócio.

Nos países em via de desenvolvimento existem muitas doença curáveis. A OMS criou uma comissão par avaliar essas doenças. Vai emitir em breve uma conclusão.







Tudo começou no dia 8 de dezembro de 2009, quando o mundo inteiro estava focado na gripe A, H1N1, um relatório confidencial da OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre as doenças dos"pobres", chamadas doenças negligenciadas, relatava que os laboratórios farmacêuticos não estavam interessados nessas doenças porque não davam lucros. Esta informação foi colocada na internet pelo site Wikileaks, especializado em divulgar documentos sensíveis.

Este relatório, redigido por um grupoo de especialistas da OMS, fruto de sete anos de reflecção, deveria propôr soluções para por fim a doenças que afectam milhões de pessoas nos países em via de desenvolvimento.

Junto a esse documento constava um relatório de 11 paginas e um mail da IFPMA (Federação Internacional de Fabricantes de Medicamentso), de 1 de dezembro de 2009, redigido pelos membros dos maiores laboratórios farmacêuticos.

Neste relatório, a IFPMA, assinalava que a proposta do Brasil de instaurar uma taxa sobre os benefícios da indústria farmacêutica, podendo render 120 milhões de Euros, era preocupante.

Também considerava que uma iniciativa da Unitaid, que visava crear um sistema de gestão colectiva dos direitos de propriedade intelectual, como por exemplo no tratamento contra a SIDA, para fazer baixar o preço dos medicamentos, era também par aeles preocupante.

A pressão do lobby farmacêutico poderia ter ficado por aqui se não fosse uma se durante uma reunião da OMS no dia 18 de janeiro de 2010, nada constava das prepostas de melhoramento das doenças dos países em via de desenvolvimento.

Pelos visto o grupo de reflecção criado pela OMS para discutir das soluções para fazer frente às doenças dos países em via de desenvolvimento tinha sido abafado pelo lobby farmacêutico.

No dia 17 a 21 de maio deste ano, a OMS vai relatar as conclusões deste grupo de reflecção. vamos aguardar para ver as suas conclusões.



Doenças esquecidas:

As doenças "esquecidas" ameaçam mais de 400 milhões de pessoas no mundo.

Dos 1556 novos medicamentso introduzidos no mercado entre 1975 e 2004, só 21 (1,3%) foram par doenças tropicais , quando estas representam 11,4% das doenças no mundo.

A leishmaniose visceral, é segunda parasitose mais mortal no mundo, após o paludismo, com 500 000 novos casos por ano.

A doença do sono, mortal sem tratamento, afecta 50 milhões de pessoas por ano.

A doença de Chagas, uma parasitose, afecta 100 milhões de pessoas por ano.

Todas estas doença são menosprezadas porque são tratáveis não são rentáveis para os laboratórios farmacêuticos que apostam nas doenças crónicas em que os doentes têm de tomar um medicamento a longo prazo.



http://www.lemonde.fr/web/recherche_breve/1,13-0,37-1119028,0.html

http://www.lemonde.fr/web/recherche_breve/1,13-0,37-1119018,0.html

(Informação enviada por pureza. oliveira@gmail.com , à qual agradeço)

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Haiti: Como é que o FMI-USA destroem as economias locais...




A miséria nos países em via de desenvolvimento não é inevitável. Esta é construida passo a passo por esquemas bem oleados das grandes potêncais com a ajuda dos seus organismos monetários. Um pequeno exemplo com o Haiti e a produção de arroz...



Passo zero: Autossuficiência.


Há trinte anos o Haiti era um país autossuficiente em termo de produção de arroz, isto é, a conseguia alimentar a sua população. No meio dos anos 1980, após a fuga do ditador Jean-Claude Duvalier que esvaziou os cofre do estado, o Haiti precisava de dinheiro.


1º passo: a dívida ao FMI.


Pressionado pelos Estados Unidos, o Haiti recorrer ao imprestimo do FMI (Fundo Monetário Internacional). Para que este se realize, o Haiti é obrigado a liberalizar o seu comércio, assim deverá reduzir as tarifas alfandegárias que protegiam a sua produção agrícula e em particular do arroz.


2º passo: importar arroz barato.


Sem dinheiro, o Haiti inicia a importação de arroz dos Estados Unidos a um preço muito mais barato do que o produzido pelos agricultores locais que pouco a pouco ficam desempregados e procuram trabalho nas cidades. Em poucos anos o Haiti tornou-se o principal importador de arroz americano.


3º passo: aumento do preço do arroz.


Em abril de 2008 assistimos a uma subida generalizada de alguns alimento e em particular do arroz, agora mais caro em 50%. A maioria da poupulação deixa de poder compra-lo, mas também já não tem estrutura locais para o produzir.


4º passo: quem lucra?


Na realidade o FMI é uma "sucursal" dos Estados Unidos, estes transformam os países do terceiro mundo financeiramente dependente e arruinam as economia locais por imposição de regra de desregulamentação internas. Nos Estados Unidos as grandes multinacionais agro-alimentares são subvencionados pelo estado, com o dinheiro dos contribuintes. Assim, por exemplo, a Riceland Foods inc. recebeu entre 1995 e 2006, subvenções no valor total de 500 milhões de Dólares. Estas subvenções permitem colocar no mercado mundial o arroz, por exemplo, a um preço imbatível e exporta-lo para os país desregulamentados.


Os Estados Unidos têm tarifas alfandegárias de 3 a 24% para as importações de arroz, barreira esta que o Haiti foi obrigado a suprimir para a concessão dos imprestimos do FMI!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Colesterol = factor de risco. Mito ou realidade ?



Uffe Ravnskov é um médico dinamarquês que faz parte da THINCS ( The International Network of Cholesterol Skeptics) a Rede Internacional do Septicos do Colesterol.


Ele e os seus colegas pensam que que o actual papel do colesterol como factor de risco nas doenças cardiovasculares não está assente em estudos clínicos isentos e como tal este deveria ser reavaliado por estudos independentes.






Os estudos científicos que serviram de base ao seguinte resumo podem ser consultados no respectivo site.



Os factos são os seguintes, diz Uffe Ravnskov:




1 - O colesterol não é um veneno mortal.


É uma substância indespensável às células de todos os mamiferos. Não se deveria falar em "bom" e "mau" colesterol. O stress, a actividade física e as variações de peso podem modificar os valores de colesterol no sangue. Um nível elevado de colesterol não é por si só não é perigoso; pode é ser um sinal de um estado de saúde deficiente, mas pode ser perfeitamente benigno.



2 - Níveis de colesterol elevados provocariam aterosclerose e por consequência doenças coronárias.


Númerosos estudos clínicos mostram que as pessoas com níveis de colesterol baixo têm tanta aterosclerose como as que têm níveis elevados.



3 - O nosso corpo produz três a quatro vezes mais colesterol do que aquele que comemos.


O seu organismo vai produzir mais colesterol se comer alimentos pobres em colesterol e inversamente o seu organismo vai produzir menos colesterol se a sua ingestão for elevada.



4 - O excesso de gordura animal e de colesterol não aumenta o risco de aterosclerose ou de infarte.


Mais de vinte estudos clínicos mostraram que as pessoas que sofreram um infarte não consumiam mais gorduras do que as outras. O grau de aterosclerose verificado nas autópsias não estava ligado à dieta alimentar.



5 - A mortalidade cardiovascular e a mortalidade total não foram melhoradas com os medicamentos que reduzem o colesterol.


Pelo contrário, vários destes medicamentos têm efeitos secundários graves para a saúde e alguns até são suspeitos de reduzirem a esperança média de vida. As estatinas, por exemplo, podem reduzir o risco de doenças cardiovasculares, mas este facto não é devido à redução dos níveis de colesterol mas sim a um processo ainda mal estudado e esclarecido. As estatinas aumentam o risco de cancro.



6 - Númerosos estudos clínicos provam estas afirmações.


Mas os resultados clínicos negativos ou contraditórios são sistemáticamente ignorados, não publicados ou mal interpretados pelas revistas científicas e raramente chegam ao grande público.




Todas estas afirmações são polémicas mas baseadas em estudos clínicos concretos ou obtidas da revisão crítica de estudos já publicados. Anualmente são vendidas, em todo o mundo, milhões de embalagens de medicamentos para reduzir o colestereol. Para muitos laboratórios farmacêuticos estes são o seu principal produto de lucro.


A quase totalidade dos estudos clínicos que fazem do colesterol o inimigo público número um, são pagos e promovidos pelos próprios laboratórios que vão beneficiar com a venda das substâncias que o reduzem.


Seja como for a mensagem do perigo do colesterol e da necessidade de tomar um medicamento para o baixar passou bem na população. Qualquer doente que chega a uma consulta, muitas vezes ainda antes de se queixar, pede ao seu médico analises ao colesterol.




http://www.broneer.org/cholesterol/uffe_FR.htm

http://www.broneer.org/cholesterol/cholesterol_FR.htm

http://pharmacritique.20minutes-blogs.fr/archive/2008/09/25/une-revision-des-directives-sur-le-cholesterol-et-les-statin.html

segunda-feira, 5 de abril de 2010

A União Europeia é semelhante à ex-URSS.



Pode parecer excessivo comparar o regime político da ex-URSS com o da União Europeia. Mas dada a falta de controle democrático desta super-estructura supra nacional, dá que pensar. O antigo dissidente Vladimir Bukovsky fala do tratado de Lisboa, dá para meditar...





EU JÁ VIVI O VOSSO FUTURO
Abaixo declarações do escritor, dissidente soviético, Vladimir Bukovsky sobre o

Tratado de Lisboa

"É surpreendente que após ter enterrado um monstro, a antiga URSS, se tenha construído

outro semelhante: a União Europeia (UE).

O que é, exactamente a União Europeia?

Talvez fiquemos a sabê-lo examinando a sua versão soviética.
A URSS era governada por quinze pessoas não eleitas que se cooptavam mutuamente

e não tinham que responder perante ninguém. A UE é governada por duas dúzias de

pessoas que se reúnem à porta fechada e, também não têm que responder perante ninguém, sendo politicamente impunes.
Poderá dizer-se que a UE tem um Parlamento. A URSS também tinha uma espécie de

Parlamento, o Soviete Supremo. Nós, (na URSS) aprovámos, sem discussão, as decisões

do Politburo, como na prática acontece no Parlamento Europeu, em que o uso da palavra

concedido a cada grupo está limitado, frequentemente, a um minuto por cada

interveniente.
Na UE há centenas de milhares de eurocratas com vencimentos muito elevados, com

prémios e privilégios enormes e, com imunidade judicial vitalícia, sendo apenas

transferidos de um posto para outro, façam bem ou façam mal. Não é a URSS escarrada?

A URSS foi criada sob coacção, muitas vezes pela via da ocupação militar. No caso da

Europa está a criar-se uma UE, não sob a força das armas, mas pelo constrangimento

e pelo terror económicos.
Para poder continuar a existir, a URSS expandiu-se de forma crescente.

Desde que deixou de crescer, começou a desabar.

Suspeito que venha a acontecer o mesmo com a UE.

Proclamou-se que o objectivo da URSS era criar uma nova entidade histórica: o Povo Soviético.

Era necessário esquecer as nacionalidades, as tradições e os costumes.

O mesmo acontece com a UE parece. A UE não quer que sejais Ingleses ou Franceses,

pretende dar-vos uma nova identidade: ser «Europeus», reprimindo os vosso sentimentos

nacionais e, forçar-vos a viver numa comunidade multinacional. Setenta e três anos deste sistema na URSS acabaram em mais conflitos étnicos, como não aconteceu em nenhuma

outra parte do mundo.
Um dos objectivos «grandiosos» da URSS era destruir os estados-nação. É exactamente

isso que vemos na Europa, hoje. Bruxelas tem a intenção de fagocitar os estados-nação

para que deixem de existir.
O sistema soviético era corrupto de alto a baixo. Acontece a mesma coisa na UE. Os

procedimentos antidemocráticos que víamos na URSS florescem na UE. Os que se lhe

opõem ou os denunciam são amordaçados ou punidos. Nada mudou. Na URSS tínhamos

o «goulag». Creio que ele também existe na UE. Um goulag intelectual, designado por

«politicamente correcto». Experimentai dizer o que pensais sobre questões como a raça

e a sexualidade. Se as vossas opiniões não forem «boas», «politicamente correctas», sereis

ostracizados. É o começo do «goulag». É o princípio da perda da vossa liberdade.

Na URSS pensava-se que só um estado federal evitaria a guerra. Dizem-nos exactamente

a mesma coisa na UE. Em resumo, é a mesma ideologia em ambos os sistemas. A UE é

o velho modelo soviético vestido à moda ocidental. Mas, como a URSS, a UE traz

consigo os germes da sua própria destruição. Desgraçadamente, quando ela desabar,

porque irá desabar, deixará atrás de si um imenso descalabro e enormes problemas

económicos e étnicos. O antigo sistema soviético era irreformável.

Do mesmo modo, a UE também o é. (…)
Eu já vivi o vosso «futuro»…"