quinta-feira, 24 de maio de 2012

Nenhum país sairá do euro, porque na realidade estão prisioneiros do euro

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Nenhum país sairá do euro.

Nunca acreditei em tal hipótese, e continuo a não acreditar. Esta estratégia faz parte da instalação do medo do desmoronamento da União Europeia.

O euro foi criado pelas grandes potências financeiras para sugar os pequenos países europeus periféricos.

Já se fala até na possível criação de uma espécie de euro paralelo para a Grécia, em que essa moeda manteria a paridade com o euro.






Não, a Grécia e os outros países não sairão do euro, na realidade estão prisioneiros do euro. Existem muitas razões para que a saída do euro não aconteça:

- os bancos credores querem recuperar o dinheiro investido,

- os Estados Unidos (que fomentaram a criação do euro) estão interessados em manter a paridade com o euro para esconder o facto de que o dólar já não vale nada,

- a coesão europeia faz parte da estratégia delineada pelos grandes grupos financeiros para anular qualquer iniciativa de soberania nacional,

- os Estados Unidos necessitam da coesão europeia para fazer frente aos blocos emergentes: China, Índia e Rússia,

- o euro é fonte de riqueza para os grandes grupos financeiros graças às privatizações impostas pelas medidas de austeridade.



Não existe qualquer intenção de acabar com o euro, o que existe são manobras de bastidores para nos fazer crer que o fim do euro seria uma catástrofe, é preciso para salvar o euro, e portanto salvar-nos, e para isso são necessárias mais medidas de austeridade.


Não se cria uma moeda para acabar com ela algum tempo depois. Quando surge um pequeno país, sem peso real na economia europeia, que não se dá bem e está em crise, essa não é razão para tal pânico.


O objectivo é sugar, sugar, até aquele limite em que a vítima está debilitada, mas não morta, não convém matar a galinha de ovos de ouro. Nenhum comerciante mata o seu fornecedor, vai sim espreme-lo até ao limite, mas sem o matar, caso contrário acaba o negócio.




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terça-feira, 22 de maio de 2012

Saída do euro pode ser um bom negócio para a Grécia

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Paul Krugman, prémio Nobel da Economia, defende o fim do euro para sair da crise. No caso particular da Grécia, que esta já sofreu muitos danos por falta de soluções e pelas imposições feitas pela troika, apesar da tragédia inicial, a saída do euro representa uma luz ao fundo túnel.




Para Paul Krugman, a saída inevitável da Grécia do euro será um pouco como a da Argentina em 2001, quando esta abandonou a paridade da sua moeda com o dólar que mantinha desde o princípio dos anos 90 quando precisou de combater a hiperinflação.


Lembra que o primeiro ano foi terrível, para a Argentina, o PIB real caiu 11%, mas depois a economia recuperou fortemente, em parte, porque o peso argentino foi desvalorizado, o que foi óptimo para as exportações.


Da mesma maneira, o primeiro ano da Grécia fora do euro também seria um ano terrível, embora não tão terrível como foi na Argentina. A economia grega já sofreu muitos danos e muitos daqueles que poderiam ter ido à falência já foram. Por outro lado, a substituição dos euros pelos dracmas será terrível inicialmente, mas o país poderá recuperar através das exportações. 


Krugman lembra que a Grécia tem queijo, azeite e vinho, assim como também transporte marítimo, que não serão muito afectados e irão valer mais em dracmas, por outro lado, o turismo ressurgirá e quando o caos for ultrapassado e novos pacotes turísticos para as ilhas começarem a atrair hordas de britânicos. 


O paralelismo mais próximo, refere Krugman, é com a França depois da Grande Guerra, que tinha a sua própria moeda mas um nível de dívida incomportável. Mesmo assim, as consequências não foram catastróficas: a desvalorização do franco, e um aumento da inflação ajudou a reduzir o valor real da dívida, ajudando assim o retorno da estabilidade.


Krugman considera inevitável a saída da Grécia da zona euro pois nenhuma das soluções até agora propostas é uma verdadeira alternativa.  


A saída da Grécia da zona euro terá como consequência uma fuga de capital nos países da zona euro e a retirada em massa dos depósitos bancários mas o Banco Central Europeu (BCE) tem a possibilidade de enfrentar a situação com injecções de liquidez.
 


Já há alguns meses, Paul Krugman tinha constatado que o que torna a história verdadeiramente dolorosa é que nada disto tinha de acontecer. A Inglaterra, o Japão e os Estados Unidos têm grandes dívidas e continuam a ter empréstimos a juros razoáveis, porque têm a sua própria moeda, que podem valorizar ou desvalorizar conforme entenderem. Se o Banco Central Europeu pudesse fazer o mesmo, não estávamos a viver estes dias negros, mas não existe vontade política de pôr o BCE a imprimir pelo terror da inflação

Sim, o fim do euro seria uma tragédia, mas eventualmente com luz ao fundo do túnel, enquanto que na situação actual a tragédia é um buraco negro, um poço interminável.






Excertos de textos publicados no Jornal "i": 

http://www.ionline.pt/opiniao/se-plano-b-fosse-acabar-euro

http://www.ionline.pt/dinheiro/krugman-diz-saida-da-grecia-euro-pode-ser-igual-crise-2001-na-argentina

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sexta-feira, 18 de maio de 2012

Os gestores públicos ganham 44 vezes mais que os seus trabalhadores !

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Existe em Portugal um certo sentimento de inveja para com quem consegue ter sucesso e dinheiro na vida, atitude própria dos países predominantemente católicos, o mesmo não acontece nos de expressão protestantes, em que o bem-estar e sucesso é admitido e encorajado. 




Não está em questão pagarem milhões de euros a um Cristiano Ronaldo ou a um José Mourinho, quem aposta neles pelo seu mérito são entidades privadas que acham pagar pelo seu justo preço o que estes vão render às empresas que os contratam. 


Até aqui tudo bem, apesar da obscenidade dos ordenados auferidos. O mesmo não se coloca quando se trata de empresas estatais, e como tal, pagas a preço de ouro por todos nós.


Quando vem a público que nas 20 empresas cotadas no PSI 20 os ordenados dos trabalhadores teveram uma baixa salarial de 11% enquanto os seus gestores tiveram um aumento de 5,3%, representando 17,6 milhões de euros, as coisas mudam.


Mudam, porque não é lícito que quem produz e assim proporciona os lucros, são os trabalhadores, aqueles que todos dias contribuem com o seu trabalho para que se possa aumentar, imagem curiosa em tempo de crise, os que não produzindo directamente, no sentido mais lato da sua concepção, e vejam assim os seus ordenados aumentados.


Muitos vão dizer que um trabalhador indiferenciado pode ser substituído por outro com as mesmas qualificações e que um bom gestor não o poderá ser, é verdade, mas justifica-se que estes ganhem 44 vezes mais do que o trabalhador que dirige?


A diferenciação técnica não pode justificar tudo. Se é verdade que um piloto de avião tem a responsabilidade de 100 ou 200 passageiros, não deixa de ser verdade que um condutor de metro tem muito mais.


Bem sei que é mais fácil conduzir uma composição de metro do que um avião, que o investimento nas sua formações é diferente, mas se um acidente acontece a suas responsabilidades são semelhantes. 


Nada disto justifica uma tal diferença de salários, como nada justifica uma diferença salarial entre os gestores públicos, portanto pagos por nós, e os seu trabalhadores.



Esta diferença não é tipicamente portuguesa, nos EUA, segundo um estudo publicado este mês pelo Economic Policy Institute, os CEO das 350 maiores empresas ganham 231 vezes mais do que a média dos seus trabalhadores!





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quinta-feira, 17 de maio de 2012

Portugal a caminho da declaração de Estado de Sítio?

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No dia 11 deste mês de mai, foi discretamente promulgada uma alteração à Lei do Regime do estado de sítio e do estado de emergência. Esta Lei está cheia de alterações, a grande maioria incompreensíveis para o cidadão comum. 


A Lei pode ser lida na integra no Diário da República, 1.ª série — N.º 92 — 11 de maio de 2012 



As questões pertinentes que se colocam são:

- porquê rever uma lei que já tinha sido alterada no dia 30 de setembro do ano passado?

- porquê agora?

- será que se adivinham tempo difíceis em que esta lei terá de ser posta em prática brevemente? 

- será que com o colapso da Grécia, seguido de Portugal, terá de ser imposto um regime de estado de sítio para fazer frente e controlar possíveis distúrbios populares?



De qualquer maneira, como dizia há dias o advogado Garcia Pereira: Portugal está a viver "uma espécie de Estado de Sítio que não foi declarado", com medidas que retiram direitos fundamentais aos cidadãos, a pretexto de isso estar no acordo da troika. Já só falta declara-lo.




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quarta-feira, 16 de maio de 2012

A ditadura chegou ao campo

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Sei que é difícil atrair a atenção dos leitores para um assunto como este: "sementes". Mas das sementes e da liberdade de as plantar depende uma boa parte do nosso futuro porque 75% da biodiversidade agrícola foi extinta no século XX e as coisas não vão ficar por aqui.


O esmagador poder financeiro da indústria química quer multiplicar leis, por todo o Mundo, para impedir os agricultores de serem livres de usar as sementes não certificadas nas colheitas seguintes. A espiral é terrível: quanto menor produção agrícola com sementes ancestrais, pior comeremos.


Num filme notável chamado "Food Inc." (Comida, Lda.) os autores mostram, por exemplo, como a multinacional Monsanto consegue perseguir e levar à falência vários produtores rurais. O argumento é simples: se no campo deste agricultor houver plantas cultivadas com sementes Monsanto e ele não for cliente da empresa, é processado por estar a usar sementes patenteadas, mesmo que elas tenham sido propagadas pelo vento e estejam misturadas com as suas. A natureza passou a ter 'dono'.


A Monsanto é a mais importante empresa mundial produtora de transgénicos. Atrai os agricultores através de um marketing aliciador de melhores colheitas. Mas os alimentos obtidos a partir de sementes alteradas laboratorialmente, cujo ADN não é compreendido pelos organismos humano ou animal, arrastam interrogações que não compreendemos antecipadamente. Foi assim que se alimentaram herbívoros com rações à base de carne e se rompeu uma lei da natureza. Esta experiência foi um dos motivos apontados para o surto da doença das vacas loucas.


As culturas transgénicas estão já na mesa de pessoas de todo o Mundo. Surgem em coisas tão importantes como a alimentação dos bovinos (por exemplo, na carne importada do Brasil ou da Argentina), na soja, arroz, milho ou em algo tão simples como o mel produzido por abelhas próximas de campos transgénicos.


Um relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) dizia recentemente que a maioria dos alimentos consumidos no mundo ocidental provém apenas de 12 espécies de plantas e cinco espécies de animais, apesar de terem sido catalogadas milhares de espécies comestíveis. Pior: arroz, trigo e milho constituem 60 por cento da alimentação humana, sendo estes, na sua esmagadora maioria, provenientes de sementes tão apuradas que o nosso corpo já não 'lê' estes alimentos como "arroz", "trigo" ou "milho". Obviamente nem vale a pena falar da 'fast-food' ou da comida industrial.


Cristina Sales, uma médica que o Porto tem a sorte de ter por perto, escreve há vários anos sobre o caos da alimentação moderna e percorre o Mundo como oradora em conferências com este tema. E o que diz? "O nosso corpo tem um histórico de milhões de anos na absorção dos alimentos e está cada vez mais incapaz de reconhecer o que come. Não tem as enzimas necessárias à sua digestão e metabolismo. Por isso gera uma reação inflamatória contra os alimentos porque os considera 'elementos estranhos', como se fossem tóxicos. Essa é uma das razões porque tanta gente aumenta de peso ou de volume: porque retém líquidos nesse processo inflamatório. E isso afeta todas as pessoas, incluindo as magras".


Jude Fanton, da organização "Seed saver (Salvar as Sementes)" disse há meses ao programa Biosfera, da RTP2 (com o qual trabalho) uma coisa simples: "Se nos recordarmos do sabor da comida dos nossos avós - as maçãs, os vegetais, etc. - eles tinham um sabor verdadeiramente forte e intenso. Isso significa mais nutrição. Essa é talvez a razão pela qual estamos a engordar. Temos de comer cada vez mais para conseguir os nutrientes de que precisamos".


A ditadura agrícola e alimentar é este louco processo de quebrar as regras da natureza em busca de mais rentabilidade. Se fecharmos os olhos à origem dos alimentos, contribuímos gradualmente para uma vida cada vez mais tóxica. Essa perda de 'liberdade de escolha' e 'biodiversidade essencial' afeta o ADN humano que não deveríamos alienar numa só geração. Além disso, replica o modelo económico que supostamente queremos combater: os lucros ficam com as grandes multinacionais e as doenças em cada um de nós.



- Comer milho transgénico é perigoso? - Nem por isso!


Artigo de Daniel Deusdado

http://www.jn.pt/Opiniao/default.aspx?content_id=2414382&opiniao=Daniel+Deusdado


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domingo, 13 de maio de 2012

O inimigo comum da humanidade é o Homem

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O tema da ecologia, e a necessidade da chamada "sustentabilidade", está a ser utilizada para culpar o ser humano de todos os males que afectam o planeta, e para nos culpabilizar e aceitarmos todas medidas restritivas de liberdade.




O Clube de Roma publicou um relatório em 1990 intitulado: 2052: A Global Forecast for the Next Forty Years.




Nele pode-se ler:

"Na procura de um inimigo comum contra o qual nos possamos unir, ocorreu-nos a ideia de que a poluição, a ameaça do aquecimento global, a escassez de água, a fome e outros fenómenos similares, serviriam esse propósito. Na sua totalidade e nas interacções que estabelecem entre si, estes fenómenos constituem de facto uma ameaça comum que deve ser confrontada, no seu conjunto, por todos. Mas ao designarmos estes perigos como o inimigo, caímos na armadilha, para a qual já alertámos os leitores, de erradamente tomarmos os sintomas por causas. Todos estes perigos são causados pela intervenção humana nos processos naturais, e é apenas pela mudança nas atitudes e comportamentos que poderão ser ultrapassados. O inimigo real é a própria humanidade."





http://www.clubofrome.org/?p=4211
Fonte: http://archive.org/stream/TheFirstGlobalRevolution#page/n1/mode/2up

Também publicado por: http://terrorismoclimatico.blogspot.pt/


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quarta-feira, 9 de maio de 2012

O FBI é que fabrica a maioria dos "atentados" terroristas em solo americano.

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Um dos aviões telecomandado, apreendido pelo FBI, que deveria transportas bombas para fazer explodir o Pentágono !




Já no início do século passado, a polícia americana fabricava verdadeiros atentados à bomba para culpabilizar os anarquistas e assim reprimir os movimentos operários.

O método não mudou. A governação Bush foi das mais férteis nesse domínio, atingindo o seu máximo com os famosos atentados do 11 de setembro.




É que o terrorismo é uma coisa muito prática, permite desviar a atenção do público dos verdadeiros problemas sociais.


Actualmente, a principal função do FBI é, teoricamente, descobrir e anular potenciais atentados terroristas, geralmente nos Estados Unidos. Para justificar, em parte, a sua existência, quando não existem conspirações terroristas em número suficiente, fabrica-nas.


Nos últimos meses, o FBI "conseguiu anular" um grande número de atentados e assim evitar várias "catástrofes":

- apanhou um perigoso homem-bomba que queria fazer explodir o Capitólio,

- anulou perigosos indivíduos que se preparavam para vários atentados, em Nova Iorque, contra sinagogas,

- apanhou um grupo de extremistas que planeavam lança mísseis contra aviões militares,

- a mais cómica de todas: o FBI anulou um projecto em que vários indivíduos iriam lançar pequenos aviões telecomandados cheios de bombas contra o Pentágono!


Todos estes e outros "atentados" foram obra do FBI. Muitos dos seus agentes, disfarçados de terroristas, forneceram o material necessário a verdadeiros extremistas, para que estes possam executar um atentado que irá ser anulado, nos últimos instantes, pelo próprio FBI.


Sobretudo desde a administração Bush, o FBI tem vindo a infiltrar-se nas comunidades muçulmanas americanas, atraindo pessoas para participarem em atentados terroristas que no final serão "desmantelados" pelo FBI.


Como comentava o jornal "Guardian": "nunca chegamos a saber quanto verdadeiros terroristas são apanhados, descontando os lote dos polícias infiltrados".


O fabrico de falsos atentados, além de manter o povo debaixo do medo permanente, o que permite votar leis limitativas das liberdades individuais, também tem como função justificar a própria existência do FBI, e a enorme soma de dinheiros públicos que recebem para lutar contra o terrorismo.



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segunda-feira, 7 de maio de 2012

A investigação às redes de pedofilia silenciada pelas elites

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Da rede local às redes globais.



A antiga versão de "rede" de pedofilia era constituída, frequentemente , por um pai incestuoso que "emprestava" a sua jovem filha a um vizinho, habitualmente em troca de dinheiro ou outra coisa em troca. Esta rede tinha então uma dimensão local.


Hoje em dia, esse mesmo pai, ligado à Internet, já não se contenta de violar a sua filha, mas filma essa violação para depois a poder difundir na Internet. Esse filme é trocado por outro filme ou vendido. Para satisfazer uma clientela cada vez mais numerosa e havida de violência, este comercio utiliza milhares de crianças, muitas delas raptadas, e os filmes passaram o ser produzidos em verdadeiros estúdios fabricados para esse efeito.


Muitas das redes, existentes no mundo, colaboram activamente entre elas, a grande maioria protegidas por personagens poderosas oriundas dos meios políticos e económicos, sendo elas próprias consumidoras. Nestas circunstâncias, é fácil entender porque é que a grande maioria dos casos de detecção dessas redes é abafado. 



Um mercado altamente lucrativo.


A pedo-pornografia tem vindo a aumentar a um ritmo assustador em todo o mundo. De um ano para o outra, no Japão, por exemplo, esse crescimento é de 60%. No entanto, as leis que punem a pedofilia, são na grande maioria dos países muito benevolentes: um ano de prisão (com pena suspensa se for a primeira vez) para os que consultam esse tipo de fotografias ou filmes, e um máximo de 10 anos para os que os produzem.


A grande maioria dos casos que vêm a público são a de um ou outro pedófilo apanhado com fotografias de pedo-pornográficas no seu computador. Hoje em dia, é relativamente fácil encontrar sites que partilham este tipo de fotografias. Esta forma de "voyeurismo" desperta frequentemente, em indivíduos predispostos, a tentação da passagem ao acto, e a procura de imagens diferentes, mais violentas.


Em 2007, em França, foram detidas 132 pessoas possuidoras deste tipo de fotografias. Veio-se a descobrir que se abasteciam num único servidor e que mais de 10 000 pessoas as tinham descarregado, num total de 1,4 milhões de fotografias e 27 000 vídeos. mas isto é apenas a ponta do iceberg, porque, para existir uma tal quantidade de material têm de existir poderosas redes de pedofilia por trás.


Essas rede "abastecem-se" de crianças provenientes de todo o mundo, frequentemente da Europa de Leste, do Norte de África e da América Latina. Os Vídeos são alugados por 40 ou 50 Euros, mas alguns podem atingir 1 500 ou 15 000 Euros. Este negócio torna-se assim altamente rentável e com um risco relativamente moderado.


As técnicas para escapar à filtragem desses sites na Internet são sofisticadas, controlo e envio de spams, rotação frequente da morada do site, reenvio para site escondidos,  necessitando portanto de meios onerosos. Assim, a pedofilia também contribui para o enriquecimento de máfias que controlam esses meios informáticos, sendo que as principais se situam na Rússia.



As redes protegidas pelas elites.


A grande maioria das redes estão protegidas ao mais alto nível. E quando falamos do mais alto nível, estamos a falar de magistrados, políticos, poderosos homens de negócios. Assim se explica que, casos como o da Casa Pia em Portugal tenha sido abafado num processo judicial interminável, para não virem ao de cima os nomes dos principais utilizadores dessa rede: políticos, deputados, conhecidos homens de negócio, jornalistas, médicos e advogados.


Recentemente na Bélgica, o deputado Laurent Louis, revelou um a lista (com pormenores de actuação), obtida através dos Anonymous, com mais de 100 personalidades belgas ligadas a redes de pedofilia nesse país.
Claro, que essa lista foi desmentida e que o mesmo corre perigo de vida.

Aqui ficam alguns nomes bem conhecidos:

- o Albert II, rei da Bélgica,

- O Príncipe Alexandre, filho do rei Léopold III,

- Etienne Davignon, dos Bilderberg,

- Herman Van Rompuy, presidente do Conselho Europeu,

- Elio Di Rupo, primeiro ministro belga,

- Martens Wilfried, primeiro ministro belga,

- Philippe Busquim, comissário europeu,

- Jean-Paul Dondelinger, comissário europeu,

- Denis Solvay, vice-presidente do grupo farmaêutico Solvay,

- Joseh Verbeeck, director na UNICEF,

- Cardial Danneels,...





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domingo, 6 de maio de 2012

Deus? Um bocado enervado...

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Uma curiosidade: quem matou mais homens na Bíblia?
Resposta: Deus.


Lamento, mas é mesmo assim: mais do que Satanás.
Há uma enorme diferença entre o Deus do Antigo Testamento e do Novo Testamento, nem parece a mesma Entidade. E a seguir a lista completa dos assassinatos. Quando possível é reportado o número dos mortos "oficial" (indicado no texto sagrado), caso contrário é apresentada uma estimativa baseada no mesmo texto:



           Episódio                                                              Versículos                    Mortos           Total
1Deus mata todos na Terra com o Dilúvio Universal (excepção: Noé e a família dele)Génesis 7:2330,000,000?30,000,000
2Deus envia fogo e enxofre contra Sodoma e Gomorra, matando todosGénesis 19:241,000?30,001,000
3A mulher de Lot morre porque olha para trásGénesis 19:26130,001,001
4Er, perverso aos olhos de DeusGénesis 38:7, 1 Crônicas 2:3130,001,002
5Onan porque dispersava o seu sémenGénesis 38:10130,001,003
6Uma praga de 7 anosGénesis 41:25-5470,000?30,071,003
77° praga do Egipto: granizoÊxodo 9:25300,000?30,371,003
8Deus mata os primogénitos de cada Egípcio Êxodo 12:29,301,000,000?31,371,003
9Deus mergulha o exército egípcioÊxodo 14:8-265000?31,376,003
10Deus e Moisés ajudam Josué a matar os AmalequesÊxodo 17:131000?31,377,003
11Os israelitas porque dançam nus perto do ídolo de ouro AraãoÊxodo 32:27-35300031,380,003
12Deus mata o povo por causa do ídolo de AraãoÊxodo 32:35100031,381,003
13Os filhos e Araão porque ofereceram fogo profanoLevítico 10:1-3; Números 3:4, 26:61231,381,005
14Um blasfemoLevitico 24:10-23131,381,006
15Deus queima as pessoas porque estas se queixamNúmeros 11:1100?31,381,106
16Deus envia uma gravíssima praga porque o povo se queixa da comidaNúmeros 11:3310,000?31,391,106
17Deus mata 10 exploradores com uma pragaNúmeros 14:35,361031,391,116
18Um homem que cotou madeira no SábadoNúmeros 15:32-36131,391,117
19Core, Datan, Abiram e as famílias delesNúmeros 16:271231,391,129
20Queimado pro ter oferecido incenso Números 16:3525031,391,379
21Causa queixasNúmeros 16:4914,70031,406,079
22Massacre dos AraditasNúmeros 21:1-33,000?31,409,079
23Causa queixas pela falta de comida e águaNúmeros 21:6100?31,409,179
24Deus deixa os Basanitas nas mãos de Moises que mata todosNúmeros 21:34,352,000?31,411,179
25Finees mata um casal interracial que tinha tido relacionamentos.Números 25:6-8231,411,181
26israelitas porque estão com as filhas de MoabNúmeros 25:924,00031,435,181
27Massacre dos Madianitas (32,000 virgens vida)Números 31:1-35200,00031,635,181
28Deus mata todo o exercito israelitaDeuteronómio 2:14-16500,00032,135,181
29Massacre dos Zamzummim, Hurriti e AvvitiDeuteronómio 2:21,2210,000?32,145,181
30Deus paralisa o rei Chesbon de forma que os israelitas possam massacrar o povo deles (várias cidades)Deuteronómio 2:33,343,000?32,148,181
31Todos os homens, mulheres e crianças de 60 cidadesDeuteronómio 3:3-660,000?32,208,181
32Massacre de JericoJosué 6:211,000?32,209,181
33Acan (com filhas e filhos)Josué 7:10-12, 24-26532,209,186
34Massacre de AiJosué 8:1-2512,00032,221,186
35Deus massacra os AmoreiusJosué 10:10,115,000?32,226,186
36Josué mata 5 réisJosué 10:24-26532,226,191
37Massacre dos 7 ReinosJosué 10:28-427,000?32,233,191
38Outros ReinosJosué 11:8-1210,000?32,243,191
39Massacre dos AnaquitosJosué 11:20,215,000?32,248,191
40Deus faz matar os Cananeus e os FerezeusJuízes 1:410,000?32,258,191
41Massacre de JesuralemJuízes 1:8100032,259,191
42Dez massacresJuízes 1:9-2510,00032,269,191
43Deus faz matar os israelitas (Cusan-Risataim)Juízes 3:7-10100032,270,191
44Ehud e a espada na barrigaJuízes 3:15-22132,270,192
45Deus faz matar 10,000 MoabitasJuízes 3:28,2910,00032,280,192
46Barace e Deus massacram os QueneosJuízes 4:141,000?32,281,192
47Iael mata com um martelo um homem que dormeJuízes 4:18-25132,281,193
48Deus obriga os soldados Madianitas a matar-se um com outro.Juízes 7:22, 8: 10120,00032,401,193
49Massacre duma cidade, 1.000 mortos por causa dum espírito malvado enviado por Deus.Juízes 9:23-57200132,403,194
50Massacre dos Amonitas e filha de IefteJuízes 11:32,3320,00132,423,195
51O espírito de Deus e SansãoJuízes 14:193032,423,225
52O espírito de Deus, Sansão e 1.000 mortos.Juízes 15:14,151,00032,424,225
53Deus dá a Sansão a força para matar os FilisteusJuízes 16:27-303,00032,427,225
54Deus derrota os BeniamitasJuízes 20:35-3725,10032,452,325
55Deus derrota outros BeniamitasJuízes 20:44,4625,00032,477,325
56Deus mata pessoas que olharam a Arca1 Samuel 6:1950,07032,527,395
57Deus permite que Jonatan mate Filisteus1 Samuel 14:122032,527,415
58Deus obriga os soldados Filisteus a matar-se um com outro1 Samuel 14:201,000?32,528,415
59Deus ordena a Saul de matar cada homem, mulher e criança Amalequita1 Samuel 15:2,31,000?32,529,415
60Samuel mata Agag perante Deus1 Samuel 15:32,33132,529,416
61Deus faz matar os Filisteus1 Samuel 23:2-51,000?32,530,416
62Deus atinge Nabal1 Samuel 25:38132,530,417
63Deus faz matar os Filisteus por David2 Samuel 5:19, 251,000?32,531,417
64Deus mata Uzza por ter tentado segurar a Arca2 Samuel 6:6,7; 1 Crônicas 13:9,10132,531,418
65Deus mata David e o recém nascido de Bat-Sceba2 Samuel 12:14-18132,531,419
66Deus envia uma carestia de 3 anos por causa de Saul.2 Samuel 21:15,000?32,536,419
67Os 7 filhos de Saul enforcados perante Deus2 Samuel 21:6-9732,536,426
68Pragas e punições por causa do censo de Davis (200.000 com mulheres e crianças)2 Samuel 24:15; 1 Crônicas 21:14200,00032,736,426
69Deus envia um leão contra um profeta que acreditou na mentira de outro profeta 1 Re 13:1-24132,736,427
70Baasa segue a palavra de Deus e mata todos na casa de Geroboamo1 Reis 15:291,000?32,737,427
71Zimri segue a palavra de Deus e mata todos na casa de Baasa1 Reis 16:11,121,000?32,738,427
72Chefias religiosas mortas num ritual1 Reis 18:22-4045032,738,877
73Deus faz matar os Sírios1 Reis 20:28,29100,00032,838,877
74Deus faz ruir uma parede contra os Sírios1 Reis 20:3027,00032,865,877
75Deus envia um leão contra um homem que não matou um profeta.1 Reis 20:35,36132,865,878
76Acazia é morto porque fala ao Deus errado2 Reis 1:2-4, 17; 2 Crônicas 22:7-9132,865,879
77Um queimado por Deus2 Reis 1:9-1210232,865,981
78Deus envia dois ursos para matar 42 crianças2 Reis 2:23,244232,866,023
79Um não crente é morto por pessoas2 Reis 7:17-20132,866,024
80Deus envia uma carestia de 7 anos2 Reis 8:110,000?32,876,024
81Izebel2 Reis 9:33-37132,876,025
82Ieu segue a palavra de Deus e mata todos os que ainda estavam na casa de Acab na Samaria2 Reis 10:16,17100?32,876,125
83Deus envia leões para matar todos os estrangeiros que não acreditarem Nele.2 Reis 17:25,262032,876,145
84Soldados Assiros enquanto dormem2 Reis 19:35; Isaías 37:36185,00033,061,145
85Saul1 Crônicas 10:14133,061,146
86Deus faz matar israelitas por Juda2 Crônicas 13:15-17500,00033,561,146
87Geroboamo2 Crônicas 13:20133,561,147
88Deus mata os Etíopes2 Crônicas 14:9-141,000,00034,561,147
89Ieoram2 Crônicas 21:14-19134,561,148
90Solddos de Juda2 Crônicas 28:6120,00034,681,148
91Deus deixa israelitas nas mãos do Caldeus.2 Crônicas 36:16,171000?34,682,148
92Deus e Satanás matam os filhos e os servos de JobJob 1:1-1960?34,682,208
93A esposa de EzequielEzequiel 24:15-18134,682,209
94Ananìa e SaffiraActas 5:1-10234,682,211
95HerodesActas 12:23134,682,212

A Bíblia, e em particular o Antigo Testamento, não pode ser lida como um livro de História: todavia é interessante o facto dos autores terem transmitido esta ideia de Deus.


Com este rápido cálculo, é possível observar que Deus matou mais pessoas do que Satanás. O qual, sempre no Antigo Testamento, mata só 10 pessoas por causa duma aposta feita anteriormente com Deus. E Satanás é o mau da fita...


Todas as mortes se encontram no Antigo Testamento, únicas excepções aquelas de Anania, Saffira e Herodes.


No total, a Bíblia relata mais de 34 milhões de mortes por mão de Deus. Não é pouco: é o dobro dos mortos da Primeira Guerra Mundial; mais do mortos provocados directamente por Estaline; mais de todas as guerras napoleónicas juntas.


Um Deus que nada tem a ver com o homólogo dos Evangelhos. E não é simples conjugar as duas versões. Talvez uma explicação possa derivar da etimologia da palavra "Deus" utilizada no Antigo Testamento. A Bíblia inicia com a frase Bereshit barà Elohim, "no princípio Deus Criou": mas "Deus" não é a exacta tradução de Elohim. 


Elohim (em hebraico אֱלוֹהִים ,אלהים) é o plural da palavra "Divindade" (Eloah - אלוה): uma das possíveis etimologias seria a união de duas antigas raízes, El e Hoa.
Hoa indica o Ser Supremo, O que existe só por si, enquanto El seria o nosso Ele. Por fim, temos Elohim a forma plural. A correcta tradução é assim "Eles que têm vida neles mesmos", isso é, que são a fonte da vida.


O Deus do Antigo Testamento, portanto, não seria o mesmo Deus do Novo Testamento.

Mas aqui o discurso torna-se bem complicado e precisaria de muito mais espaço.

Fica portanto a curiosidade dum Deus bastante enervado que não hesita em matar milhões de pessoas.
Como afirmado: uma curiosidade.








Publicado por "Informação Incorrecta", fonte: Altro Giornale

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quinta-feira, 3 de maio de 2012

No sector das pescas, Portugal "não pesca nada"

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Portugal tem a maior zona económica exclusiva da União Europeia, mas importa dois terços do peixe que consome.

Forte incentivo ao abate de embarcações de pesca, barcos envelhecidos e pequenos, normas facilitadoras de importação de peixe e demasiados intermediários, são algumas das causas que transformaram um país auto-suficiente e exportador de peixe em importador.




Tanto mar!


Portugal tem a maior zona económica exclusiva da União Europeia e a 11ª do mundo, com 1 727 408 km2. As oito principais espécies capturadas (sardinha, cavala, carapau, polvo, berbigão, peixe espada preto, faneca e carapau negrão) representam 80% do total de desembarques. No entanto, Portugal nem sequer tem os navios suficientes para atingir as quotas impostas, por falta de frota.


Apesar de Portugal ser o 3º maior consumidor mundial de peixe por pessoa, ficando apenas atrás do Japão e da Islândia, não pesca as quantidades necessárias para abastecer a sua população. Na década de sessenta, o pescado desembarcado era de 400 000 toneladas, hoje é cerca de 125 000 toneladas. No espaço da ultima década, foi abatida 20% da nossa frota pesqueira.


O facto da frota portuguesa representar, apesar de tudo, uns ainda 10% da frota europeia, é enganador, porque 90% das embarcações portuguesas têm menos de 12 metros, assim sendo, a capacidade de carga dos navios é baixa, razão pela qual, Portugal é responsável por apenas 4% dos desembarques totais na UE.


A pesca em Portugal tem uma forte componente artesanal, as embarcações estão envelhecidas e a tecnologia instalada a bordo é insuficiente. Os incentivos ao abate das embarcações por parte da UE veio destruir o que restava deste sector de actividade.



Rendimento dos pescadores cada vez mais baixo.


Entre o valor que é pago na lota e o prato do restaurantes, a sardinha aumenta de preço mais de 17 vezes! O processo de formação dos preços foge totalmente ao controlo dos produtores, sujeitos que estão à pressão especulativa da actividade parasita dos intermediários. Assim se explica o recuo do rendimento global dos pescadores.


Desde que o peixe é pescado até chegar ao consumidor, passa pelas mãos de vários intermediários que são responsáveis pela subida do peixe nesse percurso. As embarcações saem do mar e depositam na lota o resultado da sua pescaria: primeiras vendas. Os compradores são, por exemplo o Mercado Abastecedor da Região de Lisboa (MARL), alguns compradores internacionais e fornecedores de grandes superfícies e hotéis. Depois o peixe é transportado para os vários destinos onde começa a aumentar de preço.


A lei em Portugal obriga a que a venda de pescado fresco seja feita em lota, teoricamente, este método garante uma maior transparência., dependendo assim o preço inicial da oferta e da procura concentradas em cada momento em cada lota.






Soluções que ninguém quer pôr em prática.


Esta obrigatoriedade, do peixe passar pela lota, não é a única forma existente e podia muito bem ser revogada. Várias soluções existem.


Uma seria, sem acabar com as lotas, serem os pescadores, comerciantes e autarquias a gerir a lota local. A venda directa é outra das soluções, apesar da possível dependência em relação aos compradores que se poderiam organizar e monopolizar as compras iniciais. Poderia existir ainda, uma possibilidade mista, em que os pescadores se organizariam no sentido de uma intervenção directa na distribuição do pescado, porque não, em concorrência directa com os estantes intermediários. 


O preço muito abaixo do que seria justo pagar aos pescadores, não se explica só pelo monopólio da lota, nem pelas grandes superfícies que controlam a primeira venda e onde poderia ser aplicada a criação de uma taxa máxima de lucro aos comerciantes. É também necessário mudar as imposições da União Europeia em relação ao sector da pesca.



A caminho da privatização dos mares.


As normas impostas aos produtos da pesca no mercado interno são rígidas, mas existe um certo laxismo quanto às importações que não são sujeitas às mesmas regras e que assim invadem concorrencialmente o mercado interno. Esta concorrência desleal com os pescadores comunitários tem de ser corrigida.


A Comissão Europeia trata do sector da pesca como sendo uma "frota europeia", ora as realidades de cada país são muito distintas. Não se pode incentivar o abate indiscriminado de parte da frota de um país sem conhecer essa realidade. Vários factores têm de ser considerados, como o consumo interno de cada país membro, o estado e idade da sua frota, a dimensão dos seus barcos, o tipo de pesca, o estado dos recursos em cada zona,...


Ao considerar a "frota europeia" como um todo, os mais fracos do ponto de vista económico e financeiro serão simplesmente eliminados. O acesso aos recursos pesqueiros não podem estar dependentes de concessões transferíveis, porque a sua compra, num autentico mercado, representa a apropriação de um direito de acesso a um recurso natural. Nestas condições, a actividade pesqueira irá concentrar-se nas mãos de uma minoria monopolista de operadores, acabando assim, por privatizarem os mares, e destruir a pesca artesanal.





http://www1.ionline.pt/conteudo/68997-portugal-importa-dois-tercos-do-peixe-que-consome

http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1405715

http://www.pcp.pt/publica/militant/260/p13.html

http://www.dn.pt/inicio/interior.aspx?content_id=992808

http://noticias.portugalmail.pt/artigo/intermediarios-do-peixe-sao-os-encarecedores-do-preco_221260

http://ec.europa.eu/fisheries/partners/consultations/control/contributions/08_docapesca_portos_pt.pdf

http://www.dn.pt/bolsa/interior.aspx?content_id=1240512

http://www.avante.pt/pt/1989/temas/118238/

http://fredericop.wordpress.com/2011/03/25/a-sustentabilidade-do-sector-da-pesca-em-portugal/


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