sexta-feira, 22 de junho de 2012

A economia verde é o novo colonialismo

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A Conferência de Rio + 20 não contou com a presença de Barack Obama (preocupado com as eleições americanas) e de Angela Merkel e David Cameron Preocupados com a crise na Europa). Para que servem estas cimeiras e quais são os reais objectivos desta nova "economia verde"?




"Capitalismo é uma forma de colonialismo. Mercantilizarmos os recursos naturais e é uma forma de colonialismo dos países do sul, que sobre seus ombros carregam a responsabilidade de proteger o meio ambiente, que foi destruído no norte", disse Morales, presidente da Bolívia.


"Os países do norte enriquecem no em meio de uma orgia depredadora e obrigam os países do sul a ser seus guardas-florestais pobres".


"Querem criar mecanismos de intervenção para monitorizar e julgar as nossas políticas nacionais (...) com desculpas ambientais".


Por seu lado, Rafael Correa, presidente do Equador, acrescenta: "Os mais poderosos são os que estão depredando o planeta, consumindo bens ambientais, gratuitamente. Porque os que produzem os bens ambientais são os países em desenvolvimento: Brasil, Equador, a selva amazónica".


E lembra que: "os países mais ricos geram 60% das emissões de CO2, enquanto os 20% mais pobres do planeta produzem apenas 0,72% de gases contaminantes".


Paralelamente, centenas de indígenas de todo o mundo que participam na conferência Rio+20 denunciaram num documento entregue à ONU que "a economia verde é um crime de lesa-humanidade e contra a Terra".
"A economia verde é nada menos que o capitalismo da natureza (...) uma economia baseada na destruição do meio ambiente" e "a continuação do colonialismo ao qual os povos indígenas e nossa Mãe Terra resistiram durante 520 anos".






Finalmente, o presidente Evo é muito claro dizendo que “Os serviços básicos jamais podem ser privatizados. É obrigação do Estado. A economia verde é o novo colonialismo para submeter os povos e os governos anti-capitalistas. Coloniza e privatiza a biodiversidade a serviço de poucos. Verticaliza os recursos naturais e transforma a natureza numa mercadoria. A economia verde converte todas as fontes da natureza num bem privado a serviço de poucos”


Mais crítico ainda, Laerte Braga, publicou um artigo do qual seguem largos excertos: 


O verde mais cinza, não é daltonismo. É o cinismo e a barbárie capitalista. Pode estar com sombreados Greenpeace, um dos negócios mais lucrativos do planeta. O que é sustentabilidade? Sustentar o quê?


Milhares de ogivas nucleares, cinco mil ataques aéreos para devastar a Líbia, a fome em África, o trabalho escravo em países periféricos (expressão que adoram no jornalismo global podre e venal), a guerra civil montada na Síria, o genocídio contra palestinianos na versão sionista do nazismo, as bases militares espalhadas pelo mundo, o agrotóxico, o transgénico, a privatização da saúde. Será isso a tal sustentabilidade? 


Quem sabe sustentabilidade serão os cem bilhões de euros para salvar bancos espanhóis enquanto o rei caça elefantes na África, ou búfalos em campos privados na Suíça a cinco mil dólares por cabeça? Um quarto da população adulta da Espanha desempregada e mais da metade dos jovens que chegam ao chamado “mercado de trabalho” sem qualquer perspectiva?


Os gregos lutam nas ruas para preservar o seu país. Os egípcios assistem aos seus militares curvarem-se e lustrarem as botas do sionismo num golpe de estado que mantém o regime de Mubarak sem Mubarak.


Não há compromisso algum dos países ricos com políticas mínimas de preservação ambiental, de mudanças no sistema económico, nada disso.
 

O espectáculo, o show mediático. Os “especialistas” falando sobre como salvar o planeta enquanto o planeta vai sendo destruído por drones e outros artefactos mortais, cuja a última preocupação é o ser humano, o trabalhador.


Do lado de fora das cercas, o povo da Cúpula dos Povos, consciente que a luta foge às “regras” impostas pelo poder, pela classe dominante e que o movimento popular tem de ser como o dos gregos e dos egípcios, ou dos trabalhadores espanhóis que acorrem às ruas e repudiam os  seus governos, ou os que de facto governam.






Quem governa a União Europeia? Os governantes detentores de mandatos populares na farsa democrática? Ou as centenas de instituições e agências sem mandato popular, mas senhoras absolutas do poder e dos governantes? 


A grande lição da Cúpula dos Povos é que não existe alternativa dentro do sistema, lutando por dentro.
É nas ruas.


Quanta masturbação verbal nos salões com ar condicionado da farsa da RIO+20. O discurso “popular” das entidades agregadas ao poder. os media resplandecente no exibir o show, o espetáculo e a mostrar a “turba”, ou seja, os que pagam essa espécie de “farra do boi” disfarçada em “vamos salvar o planeta”.
E ainda falta a senhora Hilary Clinton para a histeria dos media e os noticiários carimbados pelo Departamento de Estado. Carimbados e autorizados.


O tom sombrio dessa gente é a volta às cavernas como previu Stanley Kubrick. Só que essas defendidas por ogivas nucleares, bunkers com a suástica transformada em verde pelos marqueteiros do capitalismo, ar condicionado e farto estoque de iguarias para os novos barões na nova Idade Média, a Idade Média da Tecnologia do Terror.


Quem sabe se o ACTO PATRIÓTICO, que entre outras coisas define modalidades de torturas permitidas, assassinatos em qualquer parte do mundo em nome dos direitos humanos, não salva o planeta? 





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quinta-feira, 7 de junho de 2012

Teologia

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Teologia,segundo está no Dicionário,
é àcerca de Deus,religiosa Doutrina,
mas penso que é uma ideia cretina,
p'ra reprimir e domar o Povo vário.

A teologia é uma empírica ciência,
baseada na superstição e crendice,
que,desde há milénios,com pulhice,
mantém os Povos na subserviência.

Na Holanda,foi exibida na Televisão,
como um êxito dos humanos valores,
da lendária Biblia,uma nova tradução,
bebida em fontes gregas,por «doutores».

E pretendem êstes biblicos «doutores»,
com esta Biblia agora modernizada,
debelar a falta de humanos valores,
nesta sociedade egoísta depravada.

Que a Plebe seja «levada» pela crendice,
não me causa espanto nem admiração,
mas se o letrado faz,do ignaro,exploração,
isso,para mim,é uma imperdoável pulhice.

Mas,da Biblia,a moderna tradução,
originou polémica entre os «doutores»
causando entre êles aparentes dissabores,
o que não passa de académica discussão.

Foi sempre assim desde a Antiguidade,
que,da Tribo,o mais forte e espertalhão,
é que é,da Tribo,o seu Rei ou Capitão,
assistido por Sacerdotes da Divindade.

A Plebe,na sua ignorância e superstição,
crê num Ser superior que tudo domina,
e acata,dos Sacerdotes,a biblica doutrina,
ainda que seja contrária à humana Razão.

Por exemplo,a judaico-cristã teologia,
diz que toda a autoridade vem de Deus,
e que toda a gente,em especial os plebeus,
devem acatar as Normas da Aristocracia.

A Aristocracia,é pois a chamada Nobreza,
que,dizem ser de sangue azul,possuidora,
a qual,presentemente como outrora,
é defendida p'la teologia com fina subtileza.

Assim vemos a Corôa dos Reis encimada,
com a Cruz,símbolo do sofrimento e da dôr,
que a Plebe deve suportar resignada,
confiando crente no Messias Salvador.

No Mundo,as várias e absurdas Teologias,
téem todas elas,como única finalidade,
levar os Povos a crer numa Divindade,
e a suportarem,dos Poderosos,as Tiranias.

É pois baseado na empírica Teologia,
que Israel com o seu biblico Sionismo,
exerce na Palestina,bárbaro Terrorismo,
ao abrigo da biblica e absurda Teoria.

Mas,ainda hoje,tal como na Antiguidade,
os Poderosos querem a Plebe em submissão,
ajoelhada,de cu p'ró ar e cabeça no chão,
para poder explorá-la sem contrariedade.




Texto de José Gonçalves Cravinho
http://desabafosdumemigrante.blogspot.pt/
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quarta-feira, 6 de junho de 2012

Aumentar salários não é política, é uma urgência

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Contrariamente ao que diz António Borges, que "diminuir salários não é uma política, é uma urgência", ele que ganha 225 mil euros por ano do FMI livres de impostos, é urgente, sim, aumentar os salários.





Os salários reias têm diminuído.


Para receber "ajuda" financeira, pede-se aos países que dela necessitam, entre outras medidas, uma redução salarial para aumentar a competitividade. E efectivamente os salários têm vindo a baixar, mas sem que se vislumbre qualquer resultado macro-económico.


Nos quatro países da zona euro em dificuldade, a diminuição dos salários aumentou os lucros das empresas, mas não teve qualquer resultado positivo na competitividade ou no investimento. Essa baixa salarial teve, pelo contrário, como efeito, a diminuição da procura interna por parte das famílias já de si sujeitas a medidas fiscais de extremo rigor.


Constatamos que, os países com a taxa de desemprego mais alta são os que têm um custo de produção horária mais baixa. Este paradoxo demonstra, em parte, o erro que constitui manter uma política de baixos salários que é em parte responsável pelo abrandamento do crescimento.


Aumentar os salário, não só representa uma medida para sustentar a procura interna, mas também melhora a produtividade. Já dizia Joseph Stiglitz, prémio Nobel em 2001, há várias décadas: "o aumento dos salários leva a que quem dele beneficia aumente a produtividade, e portanto, a produz mais".


A teoria da existência de uma maior eficácia com salários elevados, torna-se ainda mais gritante quando sabemos que estes países nunca poderão competir com países asiáticos, onde a pratica de baixos salários existe a um nível impossível de colocar em prática nos países europeus.



A produtividade tem aumentado.


A produtividade aumentou, nos últimos dez anos, duas vezes mais do que os salários. O que estamos a fazer, na nossa sociedade é, substituir os salários pelas mais valias obtida pelas empresas e assim, estamos a transformar-la numa sociedade unicamente baseada no capital real ou virtual.


Querem-nos fazer crer que a mundialização condena os países ricos a uma baixa dos salários, ora, a concorrência não é depende unicamente dos salários, muitos outros factores entram em jogo, tais como o nível de educação ou o sistema jurídico. Basta referir que os países que praticam salários elevados são os mais desenvolvidos.


Estamos a assistir à liquidação da classe média, esmagada entre uma classe rica, que tem beneficiado com a crise, e uma classe pobre, subsidiodependente.
No contexto actual, é possível aumentar os salários, sobretudo os mais baixos, sem aumentar o custo do trabalho, diminuindo, por exemplo, a carga tributária das empresas.
Outra medida importante seria, aumentar a taxa sobre as mais-valias em operações de bolsa.
 



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sexta-feira, 1 de junho de 2012

Bilderberg 2012, objectivo: salvar a zona euro

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Um mês depois da reunião anual da Comissão Trilateral em Tóquio, de 31 de maio a 3 de junho, realiza-se a reunião anual do clube Bilderberg, em Chantily, na Virgínia nos Estados Unidos.

Esta conferência é definida pelo próprio clube Bilderberg como um fórum Europa-América. Para além do tema da eleição americanas, a grande discussão irá ser sem dúvida "salvar" o euro.





"Occupy Bilderberg"


O local escolhido este ano foi exactamente o mesmo de 2008, ano também de eleições americanas, quando os senadores Barack Obama e Hillary Clinton "desapareceram" durante algumas horas para se encontrarem no local dessa reunião, um dia antes de Hillary Clinton anunciar a sua desistência à corrida da Casa Branca.


Este ano temos uma novidade, na sequência dos vários movimentos "occupy", vários militantes irão organizar uma manifestação pacífica nas imediações do Hotel Marriot Westfields onde a reunião Bilderberg se realiza. Este movimento "Occupy Bilderberg" ( http://occupybilderberg.org/)foca a atenção que não é só 1% da população que governa o mundo, finalmente é focado que quem detém verdadeiramente o poder é apenas 0,001% dessa mesma população. A CIA, com sede a um quarto de hora de distância, irá estar atenta.












Lista dos 145 participante:
 



Além de Pinto Balsemão, os dois convidados portugueses são:

Luís Amado, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros e actual chairman do banco BANIF

Jorge Moreira da Silva, vice-presidente do PSD



Este ano, a reunião é presidida, pela primeira vez, pelo CEO do grupo AXA, Henri de Castries.

Alguns nomes interessantes constam dos convidados:
o Príncipe  da Bélgica, Juan Luis Cebrián (CEO da  PRISA e Chairman do "El País"), Erik Izraelewicz (CEO do "Le Monde"), Garry Kasparov (Chairman da  United Civil Front of Russia), Henry Kissinger, os ministros das finanças da Irlanda, da Finlândia e da Polónia, o Primeiro ministro da Holanda, Peter Sutherland (Chairman da Goldman Sachs International), Robert Zoellick (Presidente do Banco Mundial).




Salvar o Euro


Este ano temos a participação de um grande número de tecnocratas. Para além da presidência dos EUA, o grande debate de Bilderberg de 2012 será provavelmente : o que fazer da Grécia


Não devemos esquecer, que a criação da zona euro foi um dos grandes projecto de Bilderberg, como tal, esta é para manter e consolidar. Para evitar a suposta saída da Grécia da zona euro, irão ser feitas novas propostas de medidas, sempre feitas à custa de restrições à liberdade dos vários governos nacionais dessa zona. Este ano participam na reunião quatro comissários europeus.


Para os que não acreditam em teorias da conspiração, estas reuniões privadas provam que na realidade elas próprias são uma conspiração. Alguns membros desta organização controlam a quase totalidade do poder financeiro mundial. São esses membros que criam uma cartilização global que controla desde a comunicação social até aos bens de primeira necessidade da população mundial.




     
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