sexta-feira, 15 de março de 2013

A nomeação do papa Francisco para destruir os regimes progressista da América Latina

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É curioso constatar que o "Espírito Santo", que guia os cardeais na escolhas de um novo papa, tenha tido sempre um visão geopolítica conveniente para ajudar os interesses das potências ocidentais dominantes.

Depois de um papa polaco, João Paulo II, em 1978, que contribui de forma decisiva para o fim da URSS, tivemos um papa alemão para combater a teologia da libertação. 

Agora foi eleito um papa argentino para destruir os governos progressista da América do Sul.





A religião ao serviço do poder político.


As religiões sempre estiveram intimamente ligadas ao poder político; a mais flagrante é a judaica onde o projecto sionista se confunde com a religião, mas também a muçulmana onde a "charia" se sobrepõe ao direito civil. No caso da religião cristã os jogos de poder são mais subtis, desde os reis que "nomeavam" os papas até papas que legitimavam os reis.


Desde então, poucas coisas mudaram. Cientes do peso da igreja, o verdadeiro ópio do povo, as grandes potências ocidentais sempre manipularam essa crença em seu favor. Para além das organizações mais ou menos secretas ou cabalísticas como a Opus Dei, as escolhas papais estão sujeitas e comandadas pelo poder estabelecido das grandes nações dominantes.



João Paulo II, um papa que vem mesmo a calhar.


Vendo a história recente, toda gente achou "normal" a eleição de um papa polaco em 1978, isto após o assassinato de João Paulo I, incómodo pela limpeza que pretendia no seio dos negócios de lavagem de dinheiro por parte da banca do Vaticano. Estávamos em plena Guerra Fria. Era essencial para os Estados Unidos derrotar a URSS e os países de Leste Europeu. 


A Polónia, o país mais católico dos Países de Leste da Europa, refugiava-se do domínio comunista através da religião que representava uma esperança espiritual. A eleição de João Paulo II em 1978 foi decisiva para estimular a greves de Gdanks na Polónia e mais tarde o desmoronamento da URSS. Mais uma vez, o "Espírito Santo", sempre atento, viu bem as coisas.


Simpático e bonacheirão, ninguém analisou que se tratava de uma pessoa que defendia os valores mais desprezíveis da moral humana, como a liberdade de relacionamento entre duas pessoas sem que seja para procriar, a recusa do preservativo, mesmo para pessoas infectadas ou o menosprezar da mulher que sempre teve na igreja católica e que continua a ter,  um papel subalterno A igreja é coisa de "homens".



Bento XVI, da libertação à devoção.


Surgiu depois Bento XVI, um teólogo conservador que perante a emancipação de uma igreja mais perto das pessoas, sobretudo na América Latina, combateu e perseguiu a teologia da libertação. Muitos desses padres que apregoavam uma nova forma de libertação humanista foram afastados dos seus locais de culto quanto aproavam a justa libertação dos povos.


A libertação passou à devoção, a oposição ao consolo, a análise à utopia. As histórias bíblicas do Exode deram lugar ao Apocalypto e aos santos. Com uma proliferação de nomeações de santos que já vinha do seu antecessor .


A rotura da América do Sul com as suas antigas potências coloniais iniciou-se com Hugo Chávez, polémico porque dava voz aos mais desfavorecidos e fazia frente ao Estados Unidos para poder beneficiar o seu povo. Muitos outros países da América do Sul lhe seguiram as suas pesadas: a Argentina, o Equador ou a Bolívia.


A América Latina, quintal dos Estados Unidos, não pode ter a veleidade de se tornar autónoma e com ideias democráticos que projedicam as grandes multinacionais. Num continente profundamente cristão, a influência da igreja vale mais de que qualquer controlo dos média. Entre duas opiniões será ela que será ouvida.


Francisco: o papa da destruição da América Latina.


Então, a eleição deste papa será fundamental para domar estes países que pensavam poder mudar o mundo, com as suas pretenções de dar voz ao povo. É eleito um papa, simpático, que até ande em transportes público, portanto próximo do povo. Ele é o povo.


Esquecendo a colaboração da igreja com o fascismo durante a ditadura argentina do qual este papa faz parte como agente activo.


Entre outras coisas, defende, o ponto de vista desta religião que se diz humanista, o impensável: o não aborto, mesmo nos casos de violação da mulher. Condenação da vítima em benefício do agressor.






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34 comentários:

  1. Octopus

    Depois de ler o texto, nada tenho a acrescentar, faço minha as tuas palavras.

    É exatamente isso, a América do Sul será em breve manipulada pelo Vaticano, junto com as bençãos da Rainha da Inglaterra e do Governo do "Império" americano.

    Fascismo, pedofilia, libertinagem, lavagem de dinheiro, manipulação política...

    E VIVA O PAPA! AMÉM!!!

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    1. Nem mais, Burgos,

      A América Latina estava-se a tornar demasiado incómoda com a sua democracia participativa bem sucedida em alguns países.

      O "quintal" dos Estados Unidos e das grandes multinacionais já não é o que era. Esses países têm veleidade de poder usufruir dos bens que produzem.

      A influência cristã é esmagadora e guia muitas vidas desses fiéis que seguem mais depressa os dictames da igreja do que o dos seus políticos. Havia que aproveitar essa "bênção".

      Um abraço

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  2. O tempo de Satã chegou, segundo Malaquias.

    A utilização do sagrado vem de sempre e lamentável é que as pessoas não vejam o que está diante dos seus olhos , literalmente.

    Chocam-me, só por exemplo, os largos milhões gastos na gigantesca nova igreja de Fátima e ver um vasto grupo de homens bem nutridos, repousados e sentados no interior dum pavilhão de vidro e , portanto, resguardados do vento, frio, calor, chuva, face a uma multidão completamente exposta ao clima da altura.

    Mas tal como na política se é isto que as pessoas querem...

    Tudo de bom

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    1. São,

      O refugiu no sagrado sempre funcionou para explicar e justificar o que as pessoas ainda não compreendem.

      Com o tempo, muito do inexplicável foi compreendido, mas claro que ainda existe muita coisa que, por enquanto, com os meios de que dispomos, não são compreensíveis.

      Mas muito progresso se tem feito. Já não queimamos mulheres suspeitas de bruxaria.

      Contudo, as religiões sempre souberam colmatar esse desconhecido e apesar de não conseguirem explicar coisa nenhuma, através do medo propõem uma hipotética felicidade quando de facto tudo acaba com a morte.

      Um beijo

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  3. É exactamente o que eu penso ! Vou partilhar.

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  4. Achei este post interessante, mas podia ter falado mais sobre a teologia da libertação, desconheço tal teologia, onde posso ler mais sobre o assunto?

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    1. Caro anónimo,

      A teologia da libertação é uma interpretação, relativamente recente dentro da igreja, dos ensinamentos de Jesus para promover a libertação das injustiças sociais ou económicas dos povos, pondo em causa algumas posições da igreja.

      Essa corrente teve a sua maior visibilidade na América Latina.

      Claro que nunca foi bem vista pelo Vaticano que a condenou oficialmente em 1984. Combatida pelo papa João Paulo II, teve no papa Bento XVI um acérrimo opositor.

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    2. Fiz uma pesquisa na internet e descobri varias entradas, mas nenhuma explica explicitamente quais os príncipios e em que se distingue da doutrina corrente da igreja católica. Se vc tiver algum texto da internet onde possa ler mais sobre o assunto agradecia

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    3. Existem vários artigos sobre a a teologia da libertação, aqui ficam alguns:

      http://espoirchiapas.blogspot.pt/2012/07/la-theologie-de-la-liberation.html

      http://www.la-croix.com/Religion/Actualite/Gustavo-Gutierrez-pere-de-la-theologie-de-la-liberation-_NP_-2012-03-23-781578

      http://penser-le-genre-catholique.over-blog.com/pages/Leonardo_Boff_2012_Theologie_de_la_liberation_une_pensee_rebelle_toujours_dactualite-7445822.html

      Espero ter ajudado. Os textos são todos em francês.

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  5. Neste caso não seria mais lógico o novo Papa ser alguém proveniente do Médio Oriente?

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    1. Caro anónimo,

      Não faria qualquer sentido termos um papa do Médio Oriente, por várias razões:

      - A primeira razão é que, sendo a religião uma óptima instituição criada para influenciar os seres humanos, não existem "escravos" suficientes no Médio Oriente para tal, dado que mais de 90% são "escravos" de uma outra religião: a muçulmana.

      O único país com influencia cristã no Médio Oriente é o Líbano. Não chega.

      - A segunda razão é que o Médio Oriente e Norte de África está completamente nas mão dos Estados Unidos. A maioria das bases americanos está situada nessa região. A maioria dos governos fantoches de países como a Arábia Saudita está nas mãos dos USA. As multinacionais petrolíferas estão controladas pelos países ocidentais. Os países que não alinhavam com esse esquema foram palco de "primaveras árabes": Líbia, Egipto, Tunísia,...

      Essa zona está controlada, nem que seja à custa da criação de conflitos étnicos ou religiosos, nem que para isso se tenha de vez em quando que fazer rebentar alguns homens-bomba.


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  6. Ora aí está algo que não me tinha passado pela cabeça... Um papa escolhido para influenciar os fiéis sul-americanos...

    Muito boa análise.


    Mas, só uma nota.

    Eu não conheço a actual situação particular da Argentina. Mas, o Daniel Estulin já veio dizer mesmo muito mal da Kirchner, que esta foi subornada pela Monsanto e já disse também que ela: "Es igual de faro como Paul Kagame de Ruanda, Hachim Thaci de Kosovo y tantos otros asesinos y perversos. Kirchner es una neoliberal y de socialista tiene tanto como Eva Peron y su marido."

    A história dela ter sido mais uma das pessoas que lideram regimes sul-americanos e que tiveram cancro revelou-se posteriormente falsa.

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    1. Pois é amigo Fernando,

      Mais do mesmo. As religiões dão muito jeito!

      Um grande abraço

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    2. O daniel estulin é judeu sionista brabo!!
      E a regra judia é gerar a desagregação para que judeus libertários garantam a massa marchando para holocaustos (holocausto é o desejo máximo de deus, basta ler deuteronômio), tudo absolutamente repetente!!!

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  7. Outra coisa.

    Creio que possa ter havido um erro na escrita deste artigo...

    Quando fala nos "valores mais desprezíveis da moral humana, como a liberdade de relacionamento entre duas pessoas sem que seja para procriar", não está antes a falar da negação dessa mesma liberdade? Ou está a falar da degeneração, incentivada pelo sistema, desse mesmo tipo de relacionamentos?

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    1. Fernando,

      Penso que as duas coisas estão intimamente interligadas.

      O próprio sistema se encarregou de eliminar os valores fundamentais da liberdade de escolha, neste contexto da liberdade de duas pessoas poderem-se amar sem terem o espectro do "pecado" ou outra qualquer restrição imposta pela sociedade, a nossa sociedade impôs regras em relação ao que é normal ou condenável em função dos seus interesses.

      Os valores morais mais intrínsecos bastam-se a eles próprios, não deveria haver qualquer Ser "superior" ou qualquer poder que ditem o que está bem ou não. As relações são ou deveriam ser naturais, e não dependentes de dogmas religiosos ou outros.

      O ser humano, como tal, basta-se a si próprio.

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    2. Concordo no geral caro Octopus, entretanto observo que o "amor livre" é a legitimação do nécio, do verme, do pusilânime, e a razão é banal, tais entes tendem a ser "super legais" (forma de compensação de suas fraquezas), mas são lixos espirituais e quando são "legais" acabam conseguindo aquelas mulheres que preferem ter seus "próprios homens". Tais mulheres são egoistas, lascivas, covardes e preguiçosas, visto que entendem homem como fiel escudeiro, em vez de ve-los como possíveis partilhadores de material genético.
      Tais mulheres não MERECEM reproduzir, pois não sabem fazert o principal papel da mulher: SABER ESCOLHER MACHO!
      Como mostro, até sua proposta é 100% interessante para as religiões, para a pusilanimização do ser humano!
      Sexo é reprodução e os fracos não podem tocar mulheres e se o fizerem têm que ser exterminados, pois é atentado a perpetuação da raça!!
      Entendeu porque as religiões colocam a escolha da mulher na mão do homem???
      Para destruir a humanidade!!

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  8. NÃO ACREDITO NA TEORIA DA CONSPIRAÇÃO !!! TECLA-SE MUITO E NÃO SE PROVA NADA !!! NADA MESMO...PREFIRO MIL VEZES ACREDITAR EM COINCIDENCIAS.
    ESCREVER POR ESCREVER É O DIREITO INALIENÁVEL DE TODO SER HUMANO.
    SOU EVANGELICO LUTERANO NÃO PRATICANTE MAS PROTESTANTE....
    GOSTOU PÁ ?

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  9. Seja honesto e diga a verdade: a Teologia da Libertação é a infiltração do marxismo na Igreja Católica. Rezo que o papa Francisco consiga DE FATO derrubar esses governos marxistas da América do Sul.

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    1. Caro anónimo,

      A teologia da Libertação foi criada na América Latina por Gustavo Guttierez em 1968.

      Trata-se de uma corrente de pensamento cristão baseado na anologia do povo judeu que guiado por Moisés libertou o seu povo da escravidão sofrida no Egipto.

      O ponto de partida é a pobreza e a opressão sofrida pelos povos da América Latina.

      Apresenta-se com corrente anti-capitalista porque fonte de injustiça.

      Apesar dos seus adepto recusarem serem apelidados de marxistas, a verdade é que muitas das ideias preconizadas andam muito próximas das de Marx.

      Os seus adepto também preconizam uma certa autonomia em relação ao Vaticano que acusam de ser frequentemente conivente com os regimes repressivos no poder.

      Logicamente, os adeptos da Teologia da Lebertação depressa foram combatidos pelo Vaticano, especialmente pelo papa João Paulo II. Mas foi com a eleição de Bento XVI que foi decido acabar de vez com essa corrente.

      De facto podemos considerar que a Teologia da Libertação é uma forma de infiltração do marxismo na Igreja Católica. Mas também poedrá ser entendidade como uma forma de luta contra as mesma desigualdades preconizada por Jesus cujas ideia afinal têm muitos pontos em comum com algumas das defendidas pelos marxistas, como as dicotomias: rico/pobres, capitalista/explorado ou opressor/oprimido.

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    2. Não poderia ser uma corrente anarquista?

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    3. Anarquista???

      Ou está a ser ingénuo ou desconhece por completo o que é o anarquismo!

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  10. como crente a única coisa que vos posso dizer é que se juntem aos tantos agnósticos e ateus que existem.
    boa sorte para a vossa libertinagem.

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  11. Carissimo Octopus;
    Várias vezes me "descarregam" no meu Email alguns links das mensagens publicadas neste teu Blog, que de quando em vez leio com bastante atenção.
    Sendo um Blog um excelente veiculo e exercicio de cidadania,quando bem administrado, como parece ser este o caso.
    Como é evidente, nem tudo o que aqui é publicado terá que merecer necessáriamente a minha concordância, como é este o caso.
    Como ponto preliminar, identifico-me desde já como católico (nem sempre praticatante)que não raras vezes questiona o "modus operandi" da instituição, contudo, a Igreja não é apenas a hierarquia com os seus dogmas, ritmos e demais mordomias. A Igreja "somos nós", no exercicio da N/ cidadania.
    Se repararmos bem, à N/ volta, nestes tempos de crise e de desagregação social, quem aparece sempre nos lugares da frente, no que diz respeito à função solidária da ajuda ao próximo são instituições da Igreja.
    Se nessas instituições aparecem pedófilos e oportunistas de ocasião, essas pessoas não são Igreja, são homens com as suas fragilidades, tal como são os Coelhos, os Gaspares,os Relvas, os Cavacos,os Loureiros, osSócates, as Merckels ...... que representam interesses, sabe-se lá bem de que natureza!!!
    No que diz respeito ao conteudo desta tua mensagem em particular, queria apenas manifestar a minha não concordância com este teu ponto de vista "formatado" para o comentário fácil do "bota abaixo" que, penso eu, assenta na seguinte premissa:
    Qualquer que fosse a nomeação do novo Papa, uma vez que irá represenatar uma Igreja envolta nas polémicas que lhe conhecemos, seria sempre um mau Papa.
    Se o Papa fosse italiano, seria o voltar à ortodoxia. Se fosse de outro país europeu, seria a mesma continuidade para defender os interesses ocidentais. Se fosse africano, seria para operar uma nova colõnização. Como é sul-americano, a "teoria da conspiração" diz-nos que é para travar a revolução "chavista".
    No minimo, dever-se-ía dar o beneficio da dúvida!!!

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  12. Caro Ribas Andrade,

    É verdade que, como ateu convicto, as minhas posições são habitualmente de critica em relação às religiões.

    Contudo, gostaria de salientar que a teologia sempre me interessou bastante, ao ponto de ter lido quase na sua totalidade a Bíblia, grande parte do Corão e numerosos textos Budistas e alguns do fílósofo Confúcio.

    Estudo igualmente as línguas e culturas chinesa e árabe, o que permite, com as minhas limitações culturais, ter uma visão menos europeia como centro do mundo.

    Concordo plenamente contigo no que se refere ao facto de existir um grande diferença entre os crentes e as igrejas que os representam.

    As várias congregações religiosas sempre tiveram um papel fundamental no que diz respeito à ajuda dos mais desfavorecidos. Isto é particularmente notável na religião católica, mas também protestante e têm tido uma acção notória na muçulmana.

    Os "dirigentes" religiosos, como simples mortais que são, têm os mesmo defeitos e virtudes que qualquer ser humano. O que me preocupa é a manipulação e intervenção das cúpulas nas vertentes políticas e económicas dos Estados.

    Nunca fui a favor de "teorias da conspiração" por tudo e por nada. Neste caso em particular, penso que existem numerosos lobbies no seio do Vaticano, como não podia deixar de ser, sendo uma instituição poderosa e que infuência milhões de pessoas.

    As escolhas papais nunca foram obra do Espírito Santos, por muito que nos queiram convencer, e muito menos obra do acaso. Essas escolhas sempre foram feitas com objectivos políticos específicos.

    Numa época de vazio de valores, como é actualmente o caso da nossa sociedade, paradoxalmente, apesar de se dizer que a religião tem cada vez menos adeptos, o que é verdade, é que a sua influencia tem sido determinante, justamente para colmatar esse vazio espiritual.

    Como tal, o comando e por consequência orientação, neste caso da Igreja Cristã, é alvo de numerosas cobiças. Neste contexto, faz todo o sentido esta nomeação, dado que cada vez mais a igreja tem estado ao serviço dos interesses das poderosas redes políticas das grandes potencias.

    Penso que o papa não necessitaria de ser italiano para voltar à ortodoxia, essa já foi amplamente instalada com João Paulo II e o seu mentor que viria a ser papa, Bento XVI.

    Não necessitaria ser europeu, dado que o Vaticano sempre defendeu os interesses ocidentais.

    Não necessitaria ser africano, África já voltou a ser novamente colonizada nas últimas décadas.

    Quanto a ser sul americano, a verdade é que muitos dos governos instalados são incômodos para as potencias ocidentais dominantes e os governos progressistas instalados são um obstáculo à pilhagem dos seus recursos naturais.

    Obrigado pelo teus comentários, é sempre um desafio enriquecedor argumentar, ou pelo menos tentar argumentar, com quem não concorda conosco.

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  13. Tenho lido, muitas vezes com agrado, o que escreve. Mas desta vez a sua análise é um conjunto de remates sem o devido fundamento. Cada caso que refere é por si só de difícil análise o que se presta muito bem a uma interpretação partidária e pouco escrutinadora. Mais própria do que se ouviu ou se sabe tangencialmente… É lamentável porque até sabemos que o Vaticano é um ninho de mafiosos e de grandes interesses políticos. Mas quem escreve com a intenção de “ajudar os outros a pensar” não pode ser tão imediatista em assuntos tão sérios como os que referiu.

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    1. Caro Anónimo,

      Compreendo e aceito a sua crítica, no entanto, a minha intenção era, em parte, denunciar que a igreja sempre esteve ao serviço do poder ocidental instalado.

      A igreja que intervem frequentemente em assuntos políticos, raramente crítica os que deveriam ser objecto de condenação pelas suas práticas, nunca o faz quando tal não é do interesse das grandes potências dominantes.

      Sendo as crenças perfeitamente legítimas para quem nelas acredita, as intervenções e tomadas de posição das suas cúpulas tendo interferido frequentemente para mudar o xadrez político internacional dizem respeito a todos.

      Penso ser inegável o papel que a maioria dos papas eleitos tiveram no desenrolar dos grandes acontecimentos mundiais. Constato que as suas eleições curiosamente antecederam acontecimentos subsequentes. Não acreditando em coincidências constantes, acredito que as suas eleições sejam obra de um designo outro que o espiritual.

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  15. Octopus: lucidez. Seja ateu, não adepto ao ateísmo.

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  16. Não entendi o seu comentário.

    Ser-se ateu não é não ter religião. Ser-ser ateu é por convicção não acreditar em qualquer divindade. Não é estar "em guerra" contra qualquer religião, não é antiteismo. É simplesmente uma decisão deliberada e reflectida em relação às religiões. Não é também os seu desconhecimento, antes pelo contrário.

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  17. Não nos podemos esquecer que o vaticano é um estado.Como tal tem de ter opções politicas.E apesar de ser um estado riquissimo está sujeito aos outros estados que controlam o xadrez mundial senão...

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  18. Só nos livraremos da religião e das suas correntes quando a consciência humana der "aquele" salto...Parece-me que estamos cada vez mais próximos disso,mas até lá o caminho vai ser cada vez pior,mais insuportável e essas dores e sofrimentos são a causa da nova consciência que brotárá a seu tempo...

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  19. Caro Octopus,
    Muito bom!!
    Sua analise foi de uma coerência notável, aliás perceptível nos acéfalos comentários de religiosos que sequer compreendem que venerar deus é SER PEDERASTA, é ser submisso a falos, é ser misógino, é gostar de jenuflexionar frente a falos.
    O que me intriga é como alguém pode contestar tais obviedades!!
    E ainda acreditas que todos tem direito a palpitar???
    Não é em vão que prego o extermínio da raça humana e dos transgênicos em prol da Terra!!
    Mas claro que isso implica a execução sumária de deus, o excremento que parasita a humanidade graças a sua criação transgênica chamada JUDEU.
    E obvio, que quem segue tal aberração é um traidor da humanidade, e a única pena pertinente é a morte!

    Com "não matarás" deus dominou a humanidade, e eu com o "mate sempre que for ameaçado" tento devolver o domínio aos humanos.
    Só não sei se merecem, aliás, até sei...

    Abraço

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