sábado, 27 de fevereiro de 2016

Ciganos: entre o ódio e o políticamente correcto

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Odiados e perseguidos durante a história recente, os ciganos são frequentemente abordados pelos meios de comunicação social com "pinças" para não ferir susceptibilidades. 


Histórias, regras, mistérios, exclusão e auto-exclusão, um retrato da comunidade cigana em Portugal.











Origem cigana.

Os ciganos, conta uma lenda, no passado teriam tido um rei, numa cidade maravilhosa na Índia, chamado Sind. O povo era muito feliz até que foram expulsados pelos muçulmanos.


Desde então foram obrigados a emigrarem de um país para o outro, tornando-se nômades. Chegarem à Europa na idade média, constituído a maior minoria étnica desse continente, mas também a mais perseguida, vítima de preconceitos, discriminação e maltratos.  


Historicamente, os estereótipos negativos são consequência do passado, dadas as profissões que desempenhavam. Na idade média eram associados a ocupações mal vistas pela sociedade, como músicos (diversão), adivinhos (morte) ou ferreiros (lixo).


Uma das lendas populares associavam os ciganos (ferreiros) aos que tinham fabricado os pregos colocados em jesus na cruz e que os teria amaldiçoado condenando-os ao nomadismo.


Estes foram então excluídos e obrigados a uma união forte para sobreviverem.








Existem várias etnias ciganas.


Os ciganos não são uma etnia uniforme, existem na realidade várias etnias: os Rom, os Manouche, os Sinte, os Kale e os Gitanos.


Estas etnias, por sua vez, dividem-se em: Kalderasha, Lovara, Tchourara, Valshike, Sinte (francês), Galshkene, Sinte (alemão), Piemontesi, Sinte (italiano), Prajshtike, Sinte (prússio), Catalan e Andalou.


As línguas faladas, além da adaptação local, também são muito diferentes: Romani, Sinto ou Kalo. Cada uma com os seus dialectos: Kalderash, Lovari, Thourari, Manouche, Sinto piemontêz, Sinto prussiano ou Calo.


Calcula-se que existam em Portugal cerca de 50 000 ciganos. A Roménia tem a maior comunidade: perto de 2 milhões. Vem depois a Bulgária com 750 000, Espanha com 700 000, Hungria com 600 000, Sérvia com 400 000, Eslováquia com 400 000, Turquia com 350 000, França com 300 000, Macedónia com 250 000 e a República Checa com 200 000.









Discriminação positiva dos ciganos em Portugal.

Contrariamente ao que se possa pensar, existe uma discriminação positiva em Portugal em relação aos ciganos, medidas estas que parecem socialmente injusta em relação aos outros cidadãos:


- A grande maioria dos ciganos, em Portugal, são feirantes. A grande maioria não paga impostos, não têm actividade declarada e a grande maioria, apesar de conduzir carrinhas de mercadoria, não têm carta de condução.


- Mais de metade dos ciganos, em Portugal, recebe o "rendimento mínimo garantido", além de subsídios de outras instituições, como a igreja católica.


- Os bairros construídos para o efeito não contribuiu para a sua integração. Estes locais transformaram-se em "ilhas" de violência, tendo os imóveis atribuídos  sido sujeitos a degradação e vandalismo. 


- A quase totalidade desses ciganos recusam-se a pagar rendas (simbólicas), mas também água ou electricidade.


- A comunidade cigana representa uma percentagem elevada da população prisional.


- O crime organizado é pratica comum na população cigana, sendo o roubo ou trafico de armas prática comum. De salientar que a prostituição é condenada por certas etnias ciganas, assim como condenam a homosexualidade.


Os ciganos nunca estiveram interessados em integrarem-se nos países de acolhimento, tem as suas próprias regras, a sua própria justiça.









Uma comunidade com regras estritas.


As regras ciganas são muito estritas:

- Não cobiçar a mulher de um outro cigano,

- Não ter relações sexuais com uma virgem, a não ser para casar,

- Não trair um outro cigano,

- Não fazer mal a uma criança,

- Cuidar dos mais velhos,

- Render homenagem aos seus mortos,

- Ser solidário com os membros da família,

- Respeitar as sentenças dos mais velhos.


Na comunidade cigana, a mulher não trabalha, deve ocupar-se dos filhos e da casa.


A maioria dos ciganos tem um nível de escolaridade muito baixa. A escola não faz parte das prioridades. Quando se trata das suas filhas, os ciganos têm medo que elas se liguem a um "gadjo". 








As mulheres subjugadas à comunidade.

As mulheres devem ocuparem-se dos filhos e da casa, enquanto os homens ocupam-se do resto. O rapazes são a coisa mais importante, são eles que vão ter a sucessão dos seus país. Casada, a mulher fica dependente do marido. Os país irão ter sempre autoridade sobre os seus filhos, casados ou não, com 20, 30 ou 40 anos.


Os país do noivo devem oferecer um dote aos país da noiva, que pode ser muito caro.


Os casamentos são combinados para reforçar os laços de clãs, os rapazes casam muito novos, e as raparigas por vezes com 14 anos. 


Na cultura cigana, o clã tem a primazia sobre o indivíduo ou a família, qualquer falta cometida por um dos membros implica todo esse clã, assim como qualquer acto valorizante irá prestigiar esse mesmo clã.




A solidariedade é portanto um valor fundamental que é fonte de segurança e coesão social, a sanção mais grave é a exclusão do grupo.









































quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

A uniformização está a matar a diversidade alimentar

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A uniformização alimentar está a matar a diversidade alimentar com a produção de sabores insípidos e de baixo teor de vitaminas e oligoelementos. Muitas das doenças actuais são provocadas por essa deficiência alimentar. Só comemos porcaria...

 








Pensa que a composição do pão é simples?

Tem toda a razão: farinha, água, sal e levedura.

Contudo, a receita do pão da McDonald, nos seus hambúrgueres, mais parece uma posologia medicamentosa. Aditivos químicos, corantes, conservantes, alguns destes produtos químicos até são utilizados na indústria plástica ou metalúrgica.


Aqui fica receita:

farinha enriquecida (farinha de trigo branqueada, farinha de cevada maltada, niacina, ferro reduzido, mononitrato de tiamina, riboflavina, ácido fólico, enzimas), água, xarope de milho, açúcar, levedura, óleo de soja e / ou óleo de soja parcialmente hidrogenado, contém 2% ou menos do seguinte: sal, sulfato de cálcio, carbonato de cálcio, glúten de trigo, sulfato de amónio, cloreto de amónio, melhorador de massa (estearoil-lactilato de sódio, emulsionante, ácido ascórbico, azodicarbonamida, monoglicéridos e diglicéridos, monoglicéridos etoxilados, fosfato monocálcico, enzimas, goma de guar, peróxido de cálcio, farinha de soja), propionato de cálcio e de sódio (conservantes), lecitina de soja.


Não admira que esse "pão" não sofra qualquer decomposição e não é sujeito a ser atacado por qualquer bolor, por qualquer bactéria ou insecto. Este "pão" pode durar vinte ou trinta anos sem se deteriorar. Parece imortal. 







A grande mentira dos aromas.

Frequentemente vimos referenciado nos iogurtes: aroma natural de morango.


Só para ter uma ideia, a produção mundial de morangos não é suficiente para abastecer os Estados Unidos apenas nos seus iogurtes com aroma natural de morango.


Como é que é resolvido este mistério? Como é que os Estados Unidos conseguem a proeza de ter iogurtes "de morango" quando a produção mundial, a ela só, não é suficiente para abastecer este mercado? Simplesmente porque esse "aroma natural" não é feito a partir de morangos, mas sim de a partir de uma madeira australiana, água e álcool. 


Tudo isto são ingredientes "naturais", portanto não é uma mentira, só que não são morangos. São então 170 000 toneladas de aromas de morango que a Europa consome como morangos, com mais de 95 000 toneladas de glutamato que aumentam o sabor.








 
Os ovos.

A grande maioria dos ovos consumidos são provenientes de galinha criadas em condições asquerosas: galinha numa gaiola onde não se conseguem movimentar e nunca irão ver a luz do dia. 


Para os mais atentos, existe uma referência carimbada em cada ovo. Antes da sigla "PT" existe um número: "0" para as galinhas criadas ao ar livre com alimentação biológica, "1" para galinhas criadas ao ar livre, "2" para galinhas criadas em solo, "3" para galinhas criadas em gaiolas. A escolha é sua. O gosto, além da criação das galinhas ser criticável, é muito diferente.








O fim da diversidade e sabor.
 

No último século, 75% das variedades cultivadas desapareceram, em favor da uniformização das culturas e mecanização.


Os tomates, por exemplo, não sabem a nada porque são saturados de água para incharem, em detrimento do gosto, porque o produtor é pago em função do peso. 


Resultado: temos apenas uma dezena de tomates (os mais rentáveis) , maças ou peras disponível nos supermercados para consumo, e o mesmo se passa com a maioria da fruta e legumes. 


Esta uniformização massiva das culturas fez com que dos milhares de vegetais cultivados desde o nascimento da agricultura, subsistem apenas umas 150 hoje em dia. E destas, 75% da alimentação mundial é representada por apenas 12.

 
Existem cerca de 12 000 variedades de tomates, 4 000 de batatas, 1 000 de bananas, 10 000 de arroz, 250 de ervilhas, 4 000 de peras, 700 de castanhas, 500 de morangos, 1 000 de magas, 2 000 de maças,...









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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Só comemos porcaria...

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Uma dezena de estudos canadianos, americanos e britânicos, condensados no estudo "Still no free lunch" revelam que em 50 anos a fruta e legumes perderam a maior parte das vitaminas e oligoelementos. 





Para ingerir-mos a mesma quantidade de vitamina A que nos anos 1950, em vez de uma banana temos de ingerir 5 bananas, em vez de 1 laranja 10, e em vez de um pêssego 26 !


A batata perdeu 100% do seu teor em vitamina A.

 
As causas deste fenómeno são múltiplas: utilização de inseticidas e herbicidas ou aceleração da velocidade de crescimento das plantas e respectiva diminuição do tempo de fixação dos micro-nutrientes.


Colheitas demasiado precoces para poderem chegar ao consumidor ainda "frescas" ou frutas e legumes que não chegam a amadurecer naturalmente, ao ponto do teor em vitamina C nas maças e damascos estar perto do zero.


As plantas são escolhidas em função do seu rendimento: crescem mais depressa, maiores, mais bonitas, mas sem qualquer valor nutritivo.


Se é verdade que perto de mil milhões de pessoas no mundo sofrem de fome, temos mais de 3 mil milhões que sofrem de deficit de nutrientes.


Por essa razão, cada vez mais os país ocidentais recorrem a suplementos vitaminicos ou a alimentos enriquecidos artificialmente com vitaminas para tentar compensar essa falta, para grande benefício da indústria farmacêutica, quando sabemos que não irão substituir saudavelmente essas faltas.


A agricultura biológica pode inverter esta tendência, senão cair na tentação da rentabilidade. Estes alimentos são subtencialmente mais caros e também têm o problema de serem mais expostos a contaminações por micróbios e fungos.


Comprar "bio" tornou-se, além de uma opção, uma militância, quando não uma moda, e está pouco a pouco a conquistar um mercado em que as grandes multinacionais estão atentas.


A verdade é que a grande maioria de frutos e legumes que chegam aos nossos pratos são propriedade da Monsanto e Syngenta. Controlam, por exemplo, 60% das variedades de tomates consumidos na Europa e 71% das couve-flor.





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sábado, 20 de fevereiro de 2016

Violência doméstica sobre os homens

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Este é um assunto tabu. É senso comum que são os homens que praticam violência doméstica sobre as mulheres, nunca o contrário.


Em Portugal, são as mulheres as principais vítimas de violência doméstica, representam cerca de 80% das queixas, enquanto que os homens representam apenas 20% das queixas, mas esse número está sob estimado






A situação em Portugal.

O Relatório Anual de Segurança Interna refere que em 2014, os casos registado de violência doméstica em que as vítimas foram homens era de 19,2%. 


Isto representa, apesar de tudo, em Portugal, 14 queixas por dia.


Não existem mais queixas em Portugal por vergonha e por preconceito social.


A mentalidade machista quase que dá ao homem o direito de agredir a sua mulher, fruto de numerosos anos em que a mulher era "propriedade" do marido, sem qualquer direito próprio.


As coisas têm vindo a alterar-se nos últimos anos, mas fez com, perversamente, a violência doméstica é hoje em dia, em Portugal, sinónimo de violência do homem sobre a mulher.






Queixas inglórias.

Quando fazem queixa, os homens raramente são levados a sério: como é que um homem se deixa dominar pela sua mulher?


Quando um homem é vítima de violência doméstica e que o caso chega a tribunal, depara-se com um sistema jurídico demasiado "feminilizado" e tem dificuldade em fazer prevalecer a razão dos factos, sendo que a mulher raramente é condenada.


Aos olhos da sociedade e do sistema jurídico, a mulher é sempre a vítima.


Frequentemente, quando o homem faz queixa da mulher por violência doméstica, esta inverte os papeis e faz-se de vítima,  fica o homem desacreditado perante a opinião pública e perante as autoridades. 


Automaticamente o sistema jurídico coloca em dúvida os factos descritos e preveligiam a versão feminina: a mulher apenas, eventualmente, agrediu o seu companheiro como atitude de defesa.



A guarda dos filhos é sempre para a mãe.

Em caso de separação, a guarda dos filhos é entregue à mãe em cerca de 95% dos casos em Portugal, em 85% dos casos em França. Nos países nórdicos em 85% dos casos a guarda dos filhos é alternada.


Quando se questiona porque é que um homem vítima de violência por parte da companheira não se separa, a resposta é que estes reagem da mesma maneira que as mulheres vítimas de violência: tentam proteger os seus filhos.


Só que no caso dos homens, perante o septicísmo dos juízes, têm muito poucas possibilidades de obter a guarda dos filhos, dado que os sistema vigente protege sempre as mulheres.









Classe social e violência doméstica.

A perversão e a manipulação não é apanágio dos homens. Nos casos de violência doméstica, essas agressões são frequentemente físicas tanto nem caso como noutro. No caso das vítimas serem homens, têm de aguentar estoicamente as agressões, porque se algum tem como reacção ripostar, é a mulher que irá fazer queixa por violência doméstica, e nesses casos o homem fica como agressor.


Apesar de nos dizerem que a violência doméstica está presente em todas as classes sociais, esta é uma meia verdade. As mulheres vítimas pertencem geralmente a classes baixas ou média-baixas, enquanto os homens pertencem a classes média-altas e altas.








A violência sobre os homens é mais subtil.

Enquanto a violência sobre as mulheres é mais física, no caso dos homens é muito mais psicológica. Frequentemente, os homens vítimas de violência domestica são alvo de críticas diárias, humilhações perante amigos ou família e críticas em relação ao seu desempenho sexual ou à sua virilidade.


Todas estas violências são difíceis de provar, enquanto as agressões físicas são muito mais fáceis. A violência emocional, degradação e humilhação continuada é o retrato do dia a dia de muitos homens sujeitos a esse tipo de violência.



A sociedade minimiza a violência sobre os homens.

Como é que as pessoas reagem numa cena de violência doméstica? 


A organização não-governamental ManKind Iniciative realizou a seguinte experiência:


Na mesma rua, um mesmo casal: quando o homem agride a mulher, várias pessoas reagem e chamam o homem à atenção, certificam-se que a mulher está bem e chamam as autoridades.


Quando é a mulher que agride o homem, as pessoas que presenciam a cena, olham, sorriem e ninguém se certifica que o agredido está bem ou chamam as autoridades.






Na Bélgica ou na Suécia, o numero de vítimas do sexo masculino é superior ao das mulheres.


As relações de violência são sempre um fenómeno de poder. À medida que as sociedades e as pessoas se tornaram mais independentes e se emanciparam, cada vez aceitam menos este tipo de violência.


A evolução natural da sociedade fez com que, legitimamente, as mulheres se libertaram da dependência do homem, mas criou uma grande dicotomia quanto ao esperado papel do homem dividido entre protecção social e igualdade.


Uma relação sã, permite que duas pessoas possam enriquecerem-se com essa relação que mantêm com o seu parceiro sem perder a sua liberdade. Quando um dos dois encara o outro como um objecto disponível para se submeter ao seu belo prazer, a relação é uma relação perversa.


Mas uma coisa é certa, nem sempre o que aparece como vítima é realmente o culpado.






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terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Depressão, stress e ansiedade

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Depressão, stress e ansiedade: estes sintomas podem ser definidos como sendo a depressão um estado de espírito em relação a eventos passados, o stress como uma atitude em relação ao presente e a ansiedade  como um medo em relação ao futuro.




Todos estes sintomas são cada vez mais comuns nas sociedades actuais, mas sempre acompanharem, com maior ou menor grau, a humanidade ao longo da sua história.


Actualmente são valorizados e descritos como patologias. Com frequência são uma mistura de todos estes estados de alma.










Depressão.

A depressão é tida como um estado de humor com um misto de irritabilidade, de angústia,  de desânimo, de apatia e de pessimismo. Dizem os estudos que o seu tratamento é medicamentoso. 


Nada menos verdade, o tratamento da depressão reside em tentar saber o que nos conduziu a este estado através da compreensão dos eventos passados. 


Alguns destes eventos passados podem ser irremediáveis, como a morte de um filho, mas na nossa mente temos de tentar considerar (o que parece inultrapassável) que existe um passado, em que não temos mais qualquer interferência, mas também um presente que existe e pode interferir com a nossa vida e dos próximos, e um futuro que apesar de desconhecido, temos a capacidade de intervir e de o mudar.


Esqueçam as teorias das serotoninas deficitária, como explica a indústria farmacêutica para vender os seus medicamentos. Nenhuma dessas drogas fará com que ente querido volte, nem o fará esquecer.


O objectivo é aceitar, apesar de não esquecer, que todos iremos morrer. Injusto, sem dúvida, mas nada irá mudar. O que poderá mudar é a nossa relação com os outros, e isso sim fará toda a diferença, até que surgirá a nossa vez.


A depressão é sem dúvida um dos sintomas mais difíceis de ultrapassar porque existe um ou mais factos reais, apesar de muitas pessoas empolarem uma serie de acontecimentos menores que, pensando bem fazem parte da vida.


Uma desavença com um amigo, um familiar, uma coisa que nos magoou, tudo isso faz parte do passado e não são os antidepressivos que irão alterar o passado. 


Existem estudos que revelam que os antidepressivos não passam de placebos, isto é toma-los ou não, não irá ter qualquer resultado, a não ser, o que por vez funciona, estarmos convencidos do seu efeito.


O melhor é não tomar qualquer antidepressivo que irá criar dependência psíquica e física. A psicoterapia poderá ser útil para ultrapassar o passado, isto é a depressão.








Stress.

O stress, quando não controlado pode conduzir à depressão. Podemos definir o stress com uma acumulação de situações diária de grande desgaste psicológico por vários factores externos.


Os ansiolíticos disponíveis no mercado diminuem efectivamento os níveis de ansiedade e podem ser usados, temporariamente, para esse fim, mas não resolvem os inúmeros factores externos que nos afectam.


Se tivermos uma conta para pagar, problemas no local de trabalho, uma relação familiar complicada ou problemas com os nossos filhos na escola, todos estes problemas são problemas do presente e quando mal geridos conduzem ao stress.


Esta é a parte em que temos de ter uma atitude positiva em relação ao presente. Desdramatizar situações por vezes banais.


A solução é encarar os problemas actuais como passageiros e em que as situações que nos parecem inultrapassáveis se irão resolver porque estão também dependentes de nós.


Se na depressão, que pertence ao passado, nada podemos fazer para a alterar, em termos de acção, no stress provocado pelos pequenos problemas do dia a dia temos uma palavra a dizer e podemos, e devemos, alterar-la.


Os media são uma fonte de descontentamento do presente porque nos conduzem a querer consumir coisas inúteis, porque relatam vidas que não são as nossas através de telenovelas ou da informação.


Essa insastisfacção da vida diária, em conjunto com vidas que visualizamos e aceitamos como melhores que a nossa, cria uma sensação de vazio e de querer ter algo que por vezes temos ao nosso lado sem nos apercebermo-nos.


Temos de aproveitar os bons momentos e minimizar os maus momentos. A maioria das pessoas não vivem o presente que muitas vezes está cheio de boas sensações.








Ansiedade.

A ansiedade é um sentimento estranho, como uma coisa que nos falta. A ansiedade é portanto um sentimento em relação ao futuro.


A pessoa ansiosa é uma pessoa insegura, mesmo quando não o deveria ser. Não aproveita o que de bom existe no presente com a sensação que poderá haver algo melhor ou então problemas no futuro.


Mas que problemas existem no futuro quando esse futuro é construído pelo presente, por cada um de nós?


Essas pessoas não necessitam de qualquer tratamento medicamentoso. 


Uma das coisas que têm de fazer é desligar a televisão, construída para a fazer apreender o futuro com notícias manipuladas de desgraças que as fazem temer esse futuro. O objectivo é mesmo esse, criar impotência e apatia perante os acontecimentos.


O futuro é imprevisível mas está dependente de cada um de nós. Cabe a cada um de nós decidir o seu rumo e cada um de nós tem a capacidade de o alterar por muito utópico que seja.











"Quem não sabe o que é a vida, como poderá saber o que é a morte?"

"Por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente, de tal forma que acabam por nem viver no presente nem no futuro. Vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido..."


(Confúsio)








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domingo, 14 de fevereiro de 2016

Zika: como sobreviver a mais uma pandemia

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Para sobreviver ao vírus Zika a primeira coisa a fazer é não entrar em pânico com a propaganda mediática e tentar ver, mais uma vez, o que está por trás desta nova pandemia global.





OMS picada pelo vírus Zika...

Nos últimos anos, as autoridades sanitárias internacionais têm sido proliferas em anunciar pandemias, basta relembrar a gripe das aves. Um dos objectivos escondidos é de criar o pânico e propor soluções que passam por restrições às liberdades individuais, como a liberdade de circulação, novos fármacos ou vacinas.


A OMS parece ter sido picada, desta vez, pelo mosquito transmissor do Zika. Cada vez que dispara o alarme da OMS, a sociedade inteira, e os seus hábitos quotidianos, ficam sob suspeita e os higienistas do costume aproveitam para impor as suas regras e os seus produtos.




Uma doença banal.

Não se percebe muito bem, mais uma vez, a não serem interesses ocultos, que seja declarada uma perigosa pandemia global neste caso, quando o vírus Zika apenas provoca uma doença banal, semelhante a um síndrome gripal, não mortal.


3/4 dos infectados pelo vírus Zika são assintomaticos, o 1/4 restantes apresentam banais sintomas gripais que desaparecem em dois ou sete dias sem deixar qualquer sequela.


A única preocupação será então, e apenas, o risco de microcefalia nos recém-nascidos de mães portadoras da doença, mas essa relação não está totalmente esclarecida.


Dos 3448 casos de microcefalia referenciados, no Brasil, apenas foram confirmados 270 e unicamente 6 das mães eram portadoras do vírus Zika. Relação de causa-efeito? Só nesse mesmo ano, nos Estados Unidos, foram diagnosticados 25 000 casos, sem que isso tenha suscitado qualquer alarmismo.


O Brasil é o maior consumidor mundial de pesticidas, ora existe uma relação estabelecida entre os pesticidas e a microcefalia.









A caminho de uma sociedade asséptica.

Vivemos numa sociedade em que de tanto minimizar os riscos, acaba por promover o risco de se tornar esterilizada e demasiado asséptica, e em que a menor infecção promove uma doença. A falta de contacto com as bactérias e vírus habituais do meio ambiente, faz que qualquer ser, higienizado pela sociedade, se torne num alvo potencial de doenças.


Se acrescentar-mos a isso a higienização mental promovida pelos media ao serviço do lobby farmacêutico, temos a perfeita combinação de humanos debilitados, apáticos e receptivos a qualquer pânico vindo de instituições não eleitas e subvencionadas pela indústria farmacêutica, que as sustêm, como no caso da OMS.


Temos de encontrar um sistema em que as pessoas sejam informadas, por organizações independentes, sem terem necessariamente de entrar  em pânico. É um pouco como a meteorologia, que de início, de tanto informar as pessoas com sucessivos alertas vermelho, que não se  concretizavam, banalizaram o que deveria ser um alerta.


No caso das pandemias, de tantos alertas falsos, promovidos por interesses económicos, vão-se tornando banais, diminuem o seu impacto, até que um dia uma verdadeira pandemia não será levada a sério.


Voltando ao caso da pandemia do vírus Zika, temos de aprender a não ter medo de mais uma pandemia que, poderá ter sido construída e planear para beneficiar objectivos políticos, geo-estratégicos e seguramente económicos.










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sábado, 13 de fevereiro de 2016

Iémen: a guerra esquecida

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O Iémen é o país mais pobre do Médio Oriente, sujeito a uma guerra não mediática. Não constas das informações ocidentais, no entanto tem uma posição estratégica fundamental que explica o conflito, tanto do ponto de vista geo-estratégico como religioso.





Confusão ocidental entre sunitas e xiitas. 


Para quem não tem qualquer noção da religião muçulmana, a diferença entre os sunitas e xiitas é semelhante à diferença, na religião cristã entre os católicos e os protestantes. Ambos acreditam na mesma coisa, mas existem diferenças na sua essência, neste caso diferenças na sua origem.


Com a morte do profeta Maomé, colocou-se o problema da sua sucessão. Os Xiitas designaram como seu sucessor espiritual o seu genro, os Sunitas designam Abou Bakr, um companheiro de Maomé, como seu sucessor.


Os Sunitas consideram o Corão como obra divina e imutável, os xiitas consideram o descendente, legítimo, de Maomé como um guia espiritual em que o Corão tem de ser adaptado à época moderna com alguma independência do poder religioso e do poder político.


Surpreendido? Então não são os xiitas iranianos os maus da fita?
A visão que os media ocidentais nos passam do Irão, maioritariamente Xiita, é que é um islamismo mais rígido, tido como o mais ortodoxo. Na realidade são os países Sunitas os mais ortodoxos.


O problema é que além do Corão, os muçulmanos têm os Hadith que foram escritos após a morte do profeta e que contém histórias e lendas da vida de Maomé, mas que também fazem ofício de lei aceite sem crítica pelos Sunitas.


Ora esses Hadith foram escritos ao sabor do poder político instituído pela linhagem dos Sunitas. Os Xiitas colocam em questão tais imposições.











A confusão do Iémen.

No caso do Iémen, após o prospero reino dos Sabeus, depois do domínio judeu e do cristianismo, este tornou-se islâmico no século VII. O país foi divido em dois, com a Republica Árabe do Iémem a norte em 1962 e o Iémem do Sul sob protetorado britânico a sul. A união entre os dois países só se fez em 1990.


O Iémen, maioritariamente xiita está envolto numa grande confusão. Apesar de partilharem o facto de que a família de Ali (quarto califa e primo do profeta Maomé) deveria a justa sucessão, como qualquer xiita,  consideram que Zaid Ibn Ali, o quinto muçulmano nos xiitas, é o eleito. Estes Zaiditas viram o seu poder definhar ao longo do tempo e querem-no reconquistar.









O Iémen fundamental na região.

A poderosa Arábia Saudita por questões de geo-política regional não quer que esse pequeno país, com pretensões diferentes da sua religião em vigor, tenha um qualquer papel determinante na região. O problema é que o Iémen é apoiado pelo Irão (xiita).


O Iémen controla o estreito de Bab-Al-Mandeb na sua passagem petrolífera em direcção ao canal de Suez, ou seja 40% das exportações petrolíferas dos países do Golfo.


Este país pobre, com um poder estatal débil, tem então uma posição estratégica fundamental nessa região. A Arábia Saudita tem medo de enviar tropas para o Iémem e deparar-se com uma espécie de novo Afeganistão, o que seria uma guerra inglória, dado que o Iémen é apoiado pelo o Irão xiita.


As questões religiosas são apenas um pretexto para dividir uma luta pelo poder e a Arábia Saudita, apoiada pelos Estados Unidos, tem todo o interesse em manter essa guerra interna no Iémen.


O Iémem continua a ser o país mais pobre do Médio Oriente apesar de 95% das suas exportações serem provenientes do petróleo.








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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Explicação da descoberta de ondas gravitacionais para gente comum

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Previstas por Einstein há 100 anos, as ondas gravitacionais foram finalmente detectadas e o anúncio foi feito hoje. 

Mas que raio são essas famosas ondas gravitacionais?









Essas famosas ondas, são capaz de deformar o espaço e o tempo.


O que é isso do espaço e do tempo?


Falando do tempo, quando olhamos o nosso relógio, uma hora é uma hora, sempre com a duração de uma hora, dia após dia.


Quando falamos de espaço, para nós é sempre um local imutável. 


Mas nada disso é verdade, como previsto por Einstein, o tempo universal não existe e o espaço é uma estructura dinâmica. Isto é tudo é relativo e depende da "perspectiva".











Baralhado? A teoria da relatividade geral preconiza que o nosso universo pode deformar-se e que esse espaço-tempo pode ser sujeito a oscilações pelo movimento de energia e matéria. Dito de outra maneira, o tempo que achamos um dado adquirido é uma noção subjectiva e o espaço em que nos movemos é uma noção relativa.



A grande maioria da matéria e da energia do universo é desconhecida e não bate certo com as teorias actuais, então tem de haver outra coisa, para explicar, por exemplo, porque é que as galáxias se afastam, quando ao fim de algum tempo deveriam se aproximarem num Big Crash pelas leis da gravidade. Isso não acontece porque uma energia desconhecida continua a afastá-las.



Simplificando, quando atiramos uma pedra num lago, existe uma ondulação, no caso do universo não é perceptível, mas irá mudar todos os componentes desse lago. Da mesma forma se consideramos que esse espaço e tempo em que vivemos é uma folha de papel, ao colocar-mos um berlinde muito pesado nessa folha, esse vai deformá-la.


Essa é a teoria da relatividade geral de Einstein, a deformação da nossa folha.Só que é necessário uma força enorme para a deformar. Imaginemos que em vez da folha temos uma cartolina rígida e com um peso de um berlinde.


Nesse caso a deformação vai ser ínfima, de difícil medição. Na prática não irá alterar quase nada. Era esse o desafio: medir o quase nada. 








Imaginemos que um feixe  de laser é projectado (portanto à velocidade da luz) sobre um espelho e que o retorno desse feixe distanciado de quilómetros deveria chegar ao receptor à mesma velocidade, mas  que neste caso tem um atraso de miléssimos de segundos, então é porque existe algo que o atrasa. É essa a experiência que mudou tudo.


Esse atraso é uma força que apenas pode ser explicada por uma força gravitacional (longuiqua) que interfere na sua propagação: uma onda gravitacional que atrasa esse feixe de luz.








Efeitos práticos? Nada para o comum dos mortais.


Mas ao nível da compreensão do universo é um passo gigantesco, dado que teoria do Big Bang previa que terá havido uma energia inimaginável que ainda hoje propaga as suas ondas através desse universo e influencia o universo e o nosso planeta.


Este facto poderá confirmar a teoria das cordas, um coisa esquesita de deformação do espaço-tempo que permitiria, como na ficção cientifica, viajar no espaço e no tempo.


Poderá fazer-nos aproximar do "instante inicial", a origem do nosso universo, uma aproximação da criação, uma aproximação, para os crente de "Deus".









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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Queda do preço do petróleo: um ataque planeado...

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Uma das explicações da baixa do preço do petróleo deve-se ao abrandamento da economia chinesa, outra é o aumento da produção de petróleo (não convencional) pelos Estados Unidos assim como o facto da Arábia Saudita (principal produtor) não querer baixar a sua produção.


O que poucos falam é da programada queda do preço do petróleo para que os Estados Unidos atingem os seus fins geo-estratégicos.












Tudo isto não passa de uma queda programada do preço do petróleo, em que os Estados Unidos atingem em pleno os seus objectivos:
 


Rússia
 
- A baixa de preço do petróleo irá quebrar as intenções do papel da Rússia a nível mundial. Putin não quer uma nova URSS, mas quer recuperar a antiga dimensão da Rússia. Com um grande apoio da sua população e com um poder militar renovado, capaz de fazer frente à hegemonia americana, está a "dar cartas". É um alvo prioritário a abater. As alternativas para o transporte de gás natural russo à muito que estão a ser estudadas pelos países ocidentais. A baixa do preço do petróleo irá afectar a sua economia e enfraquecê-la.



Venezuela

- A intenção é "afogar" o regime da Venezuela, grande produtor de petróleo, que apostava a sua economia nesse produto. Hugo Chavez, apesar das muitas críticas, melhorou muito a vida das populações mais pobre. Fez frente às multinacionais americanas e por isso foi odiado pelos media nas mãos dessas mesmo multinacionais. Pagou o preço por isso. Agora têm um presidente de transição incapaz. A Venezuela irá ter, em breve, um novo presidente complacente com os interesses americanos.



Argélia

- A economia da Argélia está depende da produção de petróleo em cerca de 70% do seu rendimento. Depois das "primaveras árabes", do Egipto, da Líbia e da Tunísia, a Argélia, maior país africano e grande produtor de gás, está desde à anos na mira dos Estados Unidos para ser subordinada ao poder americano. É o próximo alvo, ainda este ano, ou no próximo, terá um chefe de Estado "eleito" pelos americanos.



Nigéria

- A Nigéria é apenas um efeito colateral. Maior produtor africano de petróleo, este país já vive no caos. Dominado pelas grandes empresas petrolíferas americanas, estava pouco a pouco, como todos os países africanos invadido por interesses chineses que em troca do petróleo forneciam serviços, como estradas, escolas e hospitais. Está na altura de acabar com isso.



Angola

- Angola vai ver cair a sua economia num caos com a substituição do seu actual presidente, que já não satisfaz os seus comanditarios que o mantêm no poder à décadas. Está na altura de ser substituído, provavelmente ainda este ano, dada a progressiva contestação interna. Eduardo dos Santos já não serve os objectivos pelo qual foi colocado no poder. Teremos uma mudança para o substituir por outro presidente que será mais do mesmo mas com a ilusão de alternância.



Brasil

- O Brasil, grande produtor de petróleo, afogado pelos numerosos problemas de corrupção, após uma melhoria social no governo de Lula, encontra-se debaixo de vários problemas que parecem todos surgidos, como por acaso, ao mesmo tempo. Baixa do preço de petróleo que afecta duramente a sua economia, obras gigantescas por ter ganho a realização do jogos Olímpicos e finalmente acusado de um foco de um estranho vírus, o vírus Zika. Dilam irá perder o poder e irá ser eleito um novo presidente menos incomodo.



Esta queda continua do preço do petróleo poderá num breve prazo provocar um novo krach bolsista mundial...mas isso já está planeado...








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domingo, 7 de fevereiro de 2016

Quanto custa um antigo presidente da República ?

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Fala-se muito dos privilégios dos antigos presidentes e primeiros ministros em Portugal, que vivem uma vida faustosa muito acima da média de vida das suas populações. Qual o custo? O que se passa noutros países?




Em França, os antigos presidentes têm direito a um apartamento escolhido pelos próprios, nos bairros mais caro da capital.


Têm direito a um caro de luxo com dois chauffeurs, e um staff de uma dezena de pessoas. Têm uma reforma de cerca de 6 000 euro líquidos mensais e se fizerem parte do Conselho Constitucional podem atingir os 12 000 euros mensais.


Podem também usufruir de viagens ilimitadas, assim como a sua família, em classe executiva, seja de comboio ou avião.


Quando vingam para países estrangeiros têm direito a serem acolhidos pelas respectivas embaixadas e serem albergados em residências pagas pelas mesmas.


Ao todo, um antigo presidente francês irá custar ao erário público mais de 1,5 milhões de euros por ano. Os antigos primeiros ministros também beneficiam de vantagens com um custo próximo de um milhão de euros por ano.


Sarkozy dispõe de um apartamento situado num edifício classificado monumento nacional de 320 metros quadrados, com 11 divisões, com um custo, pago pelo Estado, de 15 000 euros mensais. Este dispõe de 5 funcionários e 5 conselheiros pagos pelo Estado e que recebem entre 5 000 e 7 000 euros mensais.








Não é só em França que os antigos mais altos cargos do estado recebem benesses: no Reino Unido, os antigos primeiros ministros recebem mais de 100 000 euros anuais, sem contar outros benefícios.


Em Espanha esse valor é de mais de 80 000 euros. Na Alemanha é de mais de 15 000 euros por mês durante 3 meses e depois de metade durante os 21 meses seguintes, após o que perdem a  remuneração, a não ser que vão para uma qualquer presidência como administradores de uma empresa pública ou privada.


Na Itália o antigo chefe de Estado fica senador para a vida, o que representa 700 000 euros por ano. 


Em Portugal quando um presidente da República deixa as suas funções, vai custar ao Estado cerca de 700 000 euros por ano. Tem direito a uma gabinete, um assessor e a um carro com um motorista.








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