quinta-feira, 3 de março de 2016

A dívida pública nunca poderá ser paga

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"Dívida pública". "Como é que vamos encher este buraco?". "Simples, vamos cavar outro buraco".




Em 2015, a dívida pública da zona euro era cerca de 100% do seu PIB, sem contar a dívida escondida.


Os critério de Maastricht fixaram o limite dessa dívida suportável em 60% do seu PIB. O excedente da dívida pública europeia atingiu 3 000 milhões de euros, o equivalente ao PIB alemão, o que é insuportável a longo prazo.


Na grande maioria dos países europeus essa dívida pública nunca poderá ser paga, muito menos com os rigores impostos e a taxa de desemprego actual, em que seriam os trabalhadores que pela sua produção a deveriam pagar.


Esta dívida foi aumentada pelo resgate aos bancos que beneficiaram com a especulação dessa mesma dívida.











 A dívida nunca é para ser paga, mas sim negociada.

Como dizem alguns economistas, sugerido por Karl Max, as dívidas são fictícias, as dívidas nunca existiram para serem pagas, apenas para se diluírem numa negociação permanente.


As dívidas públicas são então uma contínua degradação e roubo do crescimento produtivo, aqueles que verdadeiramente produzem com salários de miséria, que lhes permitem apenas sobreviver para poderem consumir e manter o sistema, são as vítimas deste sistema especulativo.




Resumindo, é impensável para os países mais fracos, como Portugal, ter a veleidade de pagar a sua dívida, tendo em conta os actuais critérios dominantes do norte da Europa.


A grande maioria dos países europeus não respeitam tais critérios de dívida pública, sem qualquer sanção, porque é que Portugal tem de se sujeitar a eles, quando isso representa uma limitação ao seu desenvolvimento?


Portugal deve cumprir as suas obrigações europeias fingindo que está muito preocupado em cumpri-las, como os restantes Estados europeus, mas não as cumprindo.


Em vez de se subjugar aos ditames burocratas europeus, Portugal deve seguir uma rota própria aproveitando os seus potenciais turísticos, a sua plataforma marítima e a sua situação geo-estratégica e a sua influência ímpar nessa mesma Europa.







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1 comentário:

  1. Concordo, mas... casos práticos, importamos 100% do petróleo e 70% do que comemos, creio que isto resume tudo, acerca da divida parece que todos os países devem...mas ninguém sabe quem detém a divida, se a divida é no mínimo equivalente ao PIB e o detentor ( bancos, multinacionais, fundos de investimento... )não é claramente identificável... tecnicamente não conhecemos o dono...e o dono parece ser muito pouco amigável. Não quero parecer pessimista mas creio que antes de pensar em seguir a nossa rota própria teremos de nos preparar para o embate, sim porque isto vai bater com força, alguém tem alguma teoria mais optimista? Muito sinceramente, gostava de ouvir.

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